Após destruírem celas da cadeia de Capelinha, 47 presos são transferidos

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Na manhã de sexta-feira, 4 de dezembro, Capelinha foi acometida por uma forte chuva. Esse fato impediu o banho de sol de detentos da cadeia da cidade, que iniciaram uma rebelião por volta das 11h30. Os presos quebraram algumas divisórias de parede (as celas possuem meias-paredes para separar a área do banheiro do dormitório) e, com os pedaços de concreto, começaram a destruir o local.

Os pedaços das paredes quebradas e grande quantidade de lixo foram arremessados no corredor. Os rebelados ainda tentaram quebrar as grades das celas.

Um agente penitenciário acionou o delegado Marcos Valverde, diretor da unidade prisional, que foi para o local e, de lá, acionou a Polícia Militar e os demais órgãos de segurança pública, como Promotoria de Justiça e Poder Judiciário. “Colocamos toda a nossa equipe disponível para atuar na cadeia, os militares têm treinamento especializado para adentrar estabelecimentos prisionais, isso facilitou no controle dos detentos”, ressalta o comandante do Pelotão da Polícia Militar de Capelinha, tenente Rodrigo Louzada.

Em pouco tempo, já estavam na cadeia os delegados, os militares, o promotor de Justiça Cristiano Moreira e a juíza da Comarca, Natalia Discacciati Rezende. Após contato com o sistema carcerário do Estado, foi definida a relocação de 47 dos 86 presos que cumprem pena na cadeia de Capelinha. A ação foi rápida e eficaz, pois poucas horas após a rebelião os presos foram transferidos para as cidades de Guanhães, Teófilo Otoni, Mantena e região metropolitana de Belo Horizonte.

As celas comprometidas terão de passar por reforma e a transferência aconteceu em caráter de urgência porque a rebelião deixou a cadeia de Capelinha sem condições de abrigar todos os presos que antes lá estavam. Segundo o tenente Louzada, “nem todos os presos da cadeia participaram do motim. As ocupantes da cela feminina, por exemplo, não se rebelaram”. Outro grupo de preso que também não participou da confusão é formado pelos “detentos do seguro”, aqueles que ficam em celas separadas por não serem aceitos pelos demais detidos. A Polícia Militar de Capelinha permaneceu no local até às 22h.

Detentos destruíram cela da unidade prisional – Foto: Jornal Local

47 detentos foram transferidos após a rebelião – Foto: Jornal Local

(Fonte: Jornal Local / Repórter: Rosa Santos)

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