O policial militar Wagner Anacleto Silva foi absolvido da acusação de homicídio e de quatro tentativas de assassinato, na madrugada desta quinta-feira (19), por unanimidade no Fórum de Ipatinga. A sessão começou na manhã de quarta-feira (18) e os jurados entenderam que o réu não foi o autor dos crimes. O homicídio e as tentativas ocorreram no Bairro Esperança, em Ipatinga, no mês de abril deste ano.
O policial respondia por homicídio qualificado – com recurso que dificultou a defesa da vítima – e ainda por outras quatro tentativas de homicídio. Desde o crime, o PM estava recolhido no 14º Batalhão de Ipatinga.
Durante toda a sessão a advogada de defesa Rita de Cássia Valadares trabalhou com a negativa de autoria. Ela apontou para os jurados algumas falhas no processo, e disse que o inquérito era baseado em testemunhas da vítima.
“Essas pessoas que foram ouvidas no inquérito e sustentaram o processo contra o Wagner eram amigos da vítima. Muitos deles também já foram presos pelo trabalho do cabo, portanto existe uma raiva por parte dessas testemunhas”, explica.
O promotor Hélio Pedra Soares, da comarca de Teófilo Otoni, foi designado para atuar no caso e disse que vai deixar a cargo da promotoria de Ipatinga a decisão de recorrer a sentença.
Entenda o caso
Segundo as investigações da Polícia Civil, o militar levou uma amiga até a casa dela, que fica próxima ao local do crime. As vítimas relataram que o policial não aceitou a presença deles no local e tentou intimidá-los com ameaças.
A PC afirma que o militar foi embora, retornou armado e atirou várias vezes contra as vítimas. Durante os disparos, duas pessoas foram atingidas, entre elas o jovem que morreu na hora. As outras três pessoas que estavam no local não foram baleadas.
Julgamento foi encerrado na madrugada desta quinta-feira (Foto: Reprodução / Inter TV dos Vales)
(Fonte: G1 dos Vales / Inter TV)