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Escolas centenárias de Conceição do Mato Dentro em sério risco de desabamento

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Duas escolas estaduais centenárias foram interditadas em Conceição do Mato Dentro devido ao risco de desabamento. Uma delas, a Escola Estadual São Joaquim, foi embargada em 2013, após uma série de relatórios técnicos indicar sérios problemas estruturais. A outra, a Escola Estadual Daniel de Carvalho, parou de funcionar neste ano, após laudo técnico do Corpo de Bombeiros atestar uma lista de problemas característicos da idade, como infiltrações, colapso das redes hidráulica e elétrica, madeiras carcomidas por cupins, telhado a ponto de cair, entre outros.

Daniel de Carvalho

Tombada pelo patrimônio histórico municipal, a Escola Daniel de Carvalho vive um dilema. Como é estadual, deveria ser responsabilidade do Estado arranjar verba para a sua recuperação. Mas como também é patrimônio municipal, a Prefeitura tem parcela de responsabilidade. De acordo com a secretária de Cultura e Patrimônio Histórico, Julia Celly Santana, há um projeto de restauração pronto, elaborado pela Fundação Israel Pinheiro. O que falta mesmo é dinheiro para iniciar as obras.

Escola Daniel de Carvalho foi interditada pelos bombeiros – Foto: Defato

Pelos cálculos iniciais, a reestruturação completa deve custar pelo menos R$ 2 milhões. A Prefeitura não pode ajudar muito neste momento, porque está gastando sua verba de patrimônio na restauração do antigo sobrado municipal, que será transformado em museu, o primeiro de Conceição. A obra está avançada e não pode parar. O que se está tentando fazer é direcionar R$ 100 mil do ICMS Cultural à recuperação da escola. E enquanto esses processos se desenrolam, na velocidade do serviço público, os alunos assistem às aulas em salas improvisadas.

São Joaquim

O caso da Escola Estadual São Joaquim começou a ser solucionado, mas ainda há muito o que fazer. Quando foi interditada, em 2013, a diretoria transferiu os alunos para o ginásio poliesportivo, uma estrutura provisória viabilizada com a ajuda do município. Para alertar o Estado da importância da obra, foram feitos pelo menos três relatórios técnicos apontando os diversos problemas: um da Prefeitura, um do Iepha e outro do Corpo de Bombeiros.

Dois anos depois, a parte mais nova do prédio escolar, e que não é tombada pelo patrimônio histórico federal, voltou a funcionar após algumas obras de reestruturação. O restante da construção centenária, contudo, ainda padece de recursos para não ruir por completo.

Escolas centenárias em sério risco de desabamento – Foto: Defato

(Fonte: Defato Online)

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