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Saae de Governador Valadares encontra solução para tratar água barrenta do Rio Doce

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O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Governador Valadares encontrou uma maneira segura de tratar água do Rio Doce. O material é brasileiro e 100% natural. Foi desenvolvido por pesquisadores gaúchos através da casca de acácia negra. Os testes feitos no laboratório do SAAE foram surpreendentes, tratando de forma segura a água com alta turbidez. Os técnicos fizeram diversos testes e confirmaram a eficiência do tratamento.

O SAAE aguarda laudo escrito da Copasa sobre a presença de metais pesados na água. Até agora a Vale e a Samarco negam presença destas substâncias na água do Rio Doce. O fato foi contestado por testes feitos no Espírito Santo. Novos testes estão sendo feitos por diversos laboratórios.

O SAAE começará a captar e tratar a água na ETA Central de Governador Valadares normalmente. Podendo assim por fim ao sofrimento que vive o povo valadarense. Isso será feito após a entrega do laudo pedido à Copasa.

Ainda é muito cedo para se falar no processo de salvamento do Rio Doce, mas com esta descoberta uma nova esperança surge.

Veja como será feito:

A ÁGUA É POTÁVEL E DE QUALIDADE, SIM!A partir de segunda-feira, dia 16, o SAAE volta a abastecer as casas de Valadares. Até o fim da próxima semana o abastecimento será normalizado. Desde o desastre em Mariana, não estamos medindo esforços pra isso.Será usado um produto que consegue separar a lama (decantar) para que a água volte a ser tratada e distribuída à população. O reagente se chama polímero de acácia negra. Depois de experimentado o produto, foram feitos todos os testes, em Belo Horizonte, que asseguram a qualidade da água tratada. O governador do estado, Fernando Pimentel, trouxe em mãos os laudos que atestam o sucesso do processo. A análise garantiu também que não há metal pesado (tóxico) na água. A turbidez da água do rio, que havia chegado a 131 mil NTU durante a semana, chegou hoje a 2400 NTU. O tratamento normal acontece com níveis de turbidez em 1000 NTU.

Posted by Prefeitura Municipal de Governador Valadares on Sábado, 14 de novembro de 2015

Leia mais [+]:

– Captação de água no Rio Doce será retomada em Governador Valadares (clique aqui)

Rio Doce foi atingido por lama da mineradora Samarco – Foto: DRD/Facebook

(Fonte: Jornal Figueira)

11 COMENTÁRIOS

  1. Norberto Guimaraes
    Importante saber sobre a existência ou não de metais pesados em níveis perigosos para a saude pública. Pois tratamentos contra a turbidez existem. E é necessário senso de urgência e prioridade na resolução dos problemas das populações afectadas. Cuidar dos vivos, descobrir as causas próximas para a ocorrência deste desastre e tomar as medidas necessárias para que um desastre como este não mais se possa repetir.
  2. Damián Cuattrin
    Sobre o Tratamento a Base das Cascas Seria importante que juntamente com a análise da casca da acácia negra, a população seja informada qual a quantidade dessa casca será necessária para “limpar” os 15 milhões de litros de água, que a Prefeita informou em coletiva de imprensa que diariamente são necessários para cobrir as necessidades da população. Quanto vai custar, em $$$$, o transporte e a compra dessas cascas, já que RS é o produtos da mesma, e é de grande importância econômica na região do plantio, sendo única renda dos proprietários rurais, segundo as informações da EMBRAPA, pois delas se extraem o tanino,utilizado na industria de curtume. Por outro lado, como se vá saber que as árvores, cujas cascas vão ser utilizadas aqui, não possuem um problema fitosanitário, conhecido como “gomose” e produzido pelo “ fungo Phytophthora spp”. Para trazer até aqui os caminhões vão ter que recorrer a pequena distância de 2.200 KM entre Cristal e Governador Valadares, e 2.400 KM entre Piratini e Governador Valadares, ambas cidades próximas a fronteira com Uruguai e produtoras da planta em questão. Fazendo uma pequena conta serão necessários 30 horas para cobrir a distância, e isso não vai ser somente oneroso mas também muito demorado. No SAAE, trabalha o Sr. Jaider que foi Diretor de uma Faculdade em RS e pode referenciar estas informações.
    • Paulo César Machado
      Caro Cuatrin, Esses detalhes agora não interessam. O que interessa é cobrar e exigir da Prefeitura, SAAE, e o Estado e COBREM da holding VALE S/A que é a proprietária da SAMARCO pois são estas empresas que devem bancar tudo e mais um pouco. A holding brasileira VALE e a multinacional anglo-australiana BHP tem plenas condições de ressarcir e nos pagar todos os prejuízos. E pode estar certo eles estão acostumados a pagar muito mais lá fora. Eles não vão quebrar pois eles tem grandes minas de diversos minerais no mundo inteiro. Procure saber quantos estragos eles já fizeram no Chile, no Paquistão, no Afeganistão, na Malásia e outros países onde exploram suas minas e lavras. Quanto ao produto temos que experimentar, pois não é nada inédito e funciona sim.http://www.uff.br/RVQ/index.php/rvq/article/viewFile/425/338
  3. valdelice carvalho
    , mesmo depois da agua ser liberada para consumo vale a pena as pessoas realizarem um exame por conta,pois a vale esta dizendo que nao ha metais, agora surge uma formula magica, ,nao quero ser pessimista, mas os nossos politicos tem diversas formulas magicas ultimamente, mas quem paga a conta somos nos. nao queremos pagar com a vida.
  4. Paulo César Machado
    Mais detalhes nesse link http://www.uff.br/RVQ/index.php/rvq/article/viewFile/425/338 Tratamento de águas por polímero catiônico derivado de tanino Para minimizar problemas nas estações de tratamento de águas (ETA) e de esgotos (ETE) das pequenas e grandes cidades, e nos grandes projetos de despoluição de rios e lagoas nas áreas urbanas, está sendo proposto o uso, substituindo polímeros inorgânicos ou orgânicos sintéticos, ou sais de alumínio ou ferro, o uso de polímeros catiônicos orgânicos preparados a partir de produtos naturais, como o tanino extraído da Acacia mearnsii de Wildemann, ou acácia negra, planta de origem australiana, no apoio sustentável ao tratamento de águas no Brasil. A acácia negra é cultivada no Brasil, somente no Estado do Rio Grande do Sul. A empresa Tanac S. A., por exemplo, possui plantações em área própria de mais de 30 mil hectares. As plantas são desenvolvidas e cultivadas com a utilização de tecnologia de ponta com alto grau de inovação (Figura 2 A). A colheita das árvores é toda mecanizada (Figura 2 B). Além disso, pequenos sítios e fazendas têm produção própria vendida para empresas como a Tanac. A extração do tanino (20 a 30 % da casca) para a produção do coagulante para tratamento de águas, por exemplo, é feita com água em grandes autoclaves (Figura 3). A casca esgotada é em parte destinada à compostagem para a produção de fertilizante orgânico. O restante é usado na própria fábrica para queima, produção de vapor e geração de energia elétrica, às vezes suficiente para atender a todo o funcionamento da indústria.
    • Pedro Vaiper
      o interessante não é so capitar a agua para uma central de abastecimento e trata la, seria viavel tratar todo o rio doce,pois esta agua que vai ser tratada,vai acabar sendo despejada no rio doce de volta como esgoto e pode, tornndo o rio doce em um tiete , o que seria pior