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Análise do Seripa confirma que avião do prefeito de Central de Minas não foi abatido

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Os técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) concluíram, nesta quinta-feira (16), a coleta de dados, conhecida como Ação Inicial, na aeronave que caiu e matou o prefeito de Central de Minas, Genil Mata da Cruz (PP), e um funcionário, na terça-feira (14), em Tumiritinga, no Vale do Rio Doce. E a exemplo da Polícia Civil, informou que na análise preliminar dos destroços não foram encontrados indícios de que tenha sido atingida por arma de fogo.

“Os dados coletados ainda serão analisados pelos investigadores a fim de extrair informações para procedimento posterior de investigação, não sendo possível, neste momento, chegar a nenhuma conclusão quanto aos fatores contribuintes que levaram ao acidente”, informa a assessoria do órgão em Brasília. A próxima fase é a análise desses dados e a última a confecção do Relatório Final, documento que depende de fatores como a complexidade do acidente para ser elaborado. A previsão é que ele seja divulgado entre 12 a 18 meses.

Apesar disso, conforme a nota, na análise preliminar dos destroços, realizada no local do acidente, não foram verificados indícios de que a aeronave tenha sido atingida por disparos de arma de fogo ou rojões. Também não foi possível afirmar que a aeronave, cuja matrícula é PU-OVC, estava com o prefixo coberto na decolagem. A matrícula indica se tratar de uma aeronave privada experimental, conforme dados do Registro Aeronáutico Brasileiro.

Segundo a Lei 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica, aeronave experimental é a fabricada ou montada por construtor amador. “Ressalta-se que a apuração feita pelo Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes (SIPAER) tem por objetivo prevenir que novos acidentes, com as mesmas características, ocorram. Cabe a autoridade policial realizar a investigação criminal”, avisa. O Seripa é um órgão ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Os responsáveis pela perícia também revelaram que o modelo da aeronave era impróprio para a realização de manobras bruscas e voos rasantes, por não ter a estrutura adequada para tais procedimentos.

Polícia Civil

A Polícia Civil está empenhada em ouvir as testemunhas da queda, tendo intimado para depoimento vários dos acampados que estavam no terreno onde ocorreu o acidente. É aguardado também o laudo da perícia de fragmentos de artefatos explosivos recolhidos no terreno. Os ocupantes de uma segunda aeronave que fazia o sobrevoo da área no momento da queda foram identificados ontem e também serão ouvidos nas próximas horas. Eles terão que explicar o motivo que os levou a deixar o local sem relatar aos órgãos competentes a queda do primeiro avião.

(Fonte: Hoje em Dia)

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