A Secretaria de Defesa Social informou que as vítimas foram encaminhadas a um hospital e não correm risco de morte.
Presos rebelados no Presidio de Governador Valadares, no Rio Doce, atiraram do telhado da unidade, na tarde deste sábado, cinco detentos que estavam em área de isolamento, o chamado seguro. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (Seds), as vítimas foram encaminhadas a um hospital e não correm risco de morte.
Mais cedo, por volta das 14h, havia notícia de um preso ferido sem gravidade numa das pernas. Os detentos estão rebelados desde o início da manhã deste sábado. De acordo com a Polícia Militar, os presos dos blocos B e D se rebelaram durante o horário de visita, iniciando um motim com a quebra das grades das celas. Os presos ocupam quatro pavilhões da unidade, que estão com quase o triplo da capacidade. A Seds informou que o presídio abriga aproximadamente 800 presos. No entanto, tem capacidade para apenas 290 detentos.
De acordo com a Polícia Militar, não há informação de quantas pessoas são mantidas reféns. A única informação até aqui liberada pela Seds é que no início do montim havia visitas em um dos dois pátios do presídio. A Seds informou ainda que os internos dos blocos B e D também dominaram outros dois pavilhões. A área administrativa também foi invadida, com ações de destruição do mobiliários e de outros pertences do local.
Militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e homens do sistema prisional estão no local para impedir a fuga dos criminosos e negociar com os detentos o fim do motim. No início da rebelião, alguns detentos foram para o telhado, queimaram colchões e jogaram telhas e objetos nos policiais. Parentes dos presos estão do lado de fora da unidade e aguardam apreensivos o desfecho da rebelião.
Negociações
A Seds disse ainda que por volta de 12 horas um preso se aproximou dos policiais e informou sobre a intenção de negociar o fim do motim. O major Fausto, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar de Minas Gerais está à frente das negociações. Também o juiz de Execuções Penais de Governador Valadares, Tiago Counago Cabral, está no local e prometeu aos rebelados analisar, ainda neste sábado, a situação dos detentos. Mais cedo, os presos haviam reivindicado a presença do juiz como condição para continuarem negociando o fim da rebelião.
Às 13h, já estavam na área externa do presídio integrantes do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) de Manhuaçu e de Teófilo Otoni, além do Batalhão de Choque da PM e o Gate, que garantiram a contenção junto às muralhas. Agentes do Comando de Operações Especiais (Cope) do Sistema Prisional, sediados em Belo Horizonte, foram para Governador Valadares para agir em caso de necessidade de transferências de presos.
A Seds informou que, por volta das 17h30, um grupo de aproximdamente 20 presos se entregou e serão transferidos para outros presídios do estado. Também de acordo com a secretaria, as forças de segurança (PMMG e GIR (Sistema Prisional) manterão o cerco ao presídio e nenhuma ação será tomada antes da manhã deste domingo (7).
Armas
A direção do presídio informou que conseguiu retirar a tempo todas as armas existentes e, aparentemente, não há servidores da Seds dentro das muralhas.
Incêndio
Por das 13h30, os presos concordaram em abrir caminho para que o Corpo de Bombeiros começasse a combater o fogo dentro do presídio. Os rebelados estão também liberando aos poucos os visitantes que permaneciam no interior da unidade. A Secretaria de Defesa Social ainda não informou quantos visitantes foram liberados.
Fotos
Detentos fazem rebelião no presídio de Valadares – Foto: Caso de Polícia / Facebook
Detentos fazem rebelião no presídio de Valadares – Foto: Caso de Polícia / Facebook
Detentos fazem rebelião no presídio de Valadares – Foto: Caso de Polícia / Facebook
Detentos fazem rebelião no presídio de Valadares – Foto: Caso de Polícia / Facebook
Detentos fazem rebelião no presídio de Valadares – Foto: Caso de Polícia / Facebook
(Fonte: Jornal Estado de Minas)