Criança de 9 anos é assassinada a pauladas na zona rural de Itamarandiba

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Crime aconteceu em uma fazenda nas proximidades do distrito de Padre João Afonso. Mãe da menina também foi agredida e está internada.

Uma menina de nove anos morreu após ser agredida a pauladas na tarde desse sábado, 16 de maio, na região do Distrito de Padre João Afonso, na zona rural de Itamarandiba (MG). O crime bárbaro causou comoção e revolta na população do município do Alto Vale do Jequitinhonha.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), ao chegarem no local do crime, militares depararam com uma mulher de 33 anos e a filha dela, Marina Suzane Mendes, sendo atendidas por uma ambulância do povoado. Ao chegar, o Samu assumiu o atendimento médico. Em contato com o dono da propriedade, ele contou que estava na sede do imóvel quando a mulher chegou toda ensanguentada e pedindo por socorro.

Crime bárbaro aconteceu na região do Distrito de Padre João Afonso – Foto: Blog Padre João Afonso

A vítima contou que ela e a filha haviam sido agredidas depois de irem até a residência do caseiro, onde moravam, buscar algumas roupas. Mesmo bastante machucada, a mulher contou à polícia que seguia com a filha por uma estrada quando foi surpreendida pelo companheiro, que estava agachado em um matagal.

Ao ver a mulher, o criminoso teria dito que “iria acabar com ela ali mesmo”. Em seguida, ele pegou um pedaço de pau e desferiu vários golpes contra a cabeça da dona de casa. As agressões só cessaram depois que a vítima fingiu que havia morrido.

Covardemente, após agredir a companheira, o homem correu atrás da enteada, que também foi agredida na cabeça. Logo depois, ele fugiu e não foi mais visto. Próximo ao local dos crimes, a polícia apreendeu, além do pau, uma faca, oito litros de gasolina, um litro de óleo e uma máscara de proteção de roçadeira.

Mãe e filha foram socorridas e encaminhadas ao hospital de plantão de Itamarandiba. No entanto, Marina, segundo o médico, já apresentava morte cerebral. A mulher, devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferida para uma unidade de atendimento de Diamantina, na região Central do Estado, onde segue internada e sem previsão de alta.

Marina será sepultada na tarde desta segunda (18) – Foto: Arquivo / Família

Crimes motivados por ciúmes

Ainda de acordo com o relato da mulher aos militares, as agressões contra ela e a filha aconteceram por ciúmes do marido. Eles teriam discutido e estavam “separados” há uma semana. No entanto, moravam na mesma casa.

O dono da fazenda contou à polícia que o suspeito sempre se mostrou uma pessoa calma e “de boa educação”. Há alguns meses ele deu o emprego para o criminoso, que começou a viver no local junto com a família.

A ocorrência foi encerrada na Delegacia de Plantão de Itamarandiba e o caso será investigado pela Polícia Civil do município.

Marido envenenou mulher um dia antes

Antes de tentar matar a companheira a pauladas, o suspeito envenenou a companheira com veneno de rato, popularmente conhecido como “chumbinho”. “Na sexta-feira (15), ele colocou chumbinho no torresmo e deu para minha irmã comer. Ela passou mal, foi para o médico e ficou bem. No sábado, ele voltou para tentar matá-la novamente”, contou a irmã da dona de casa, Olívia dos Santos, de 25 anos.

Os crimes surpreenderam a família materna de Marina. Segundo a tia, o suspeito sempre teve uma boa relação com a enteada e ninguém imaginava que a tragédia poderia acontecer.

“Ele estava com a minha irmã há um ano. Sempre tratou todo mundo bem e ela nunca reclamou do relacionamento. Não sei por qual motivo meu cunhado fez essa barbaridade. Queremos que tenha uma punição”, disse a jovem.

O velório da pequena Marina acontece na manhã desta segunda-feira (18). A mãe dele recebeu alta médica e vai acompanhar o sepultamento.

“Fisicamente ela está bem, mas desesperada. Marina era a filha do meio e muito apegada à mãe, que tem outros dois meninos. Nossa família está arrasada”, finalizou Olívia.

Familiares usaram as redes sociais para divulgar a identidade do suspeito – Foto: Arquivo da Família

(Fonte: O Tempo / Com alterações)

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