Cães passam por testes para mapear e combater leishmaniose em Coronel Fabriciano

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Agentes de endemias de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, estão aplicando testes rápidos em cães em busca de casos de leishmaniose. O objetivo é mapear e combater a doença que já contaminou oito pessoas da cidade neste ano e matou uma em 2014. Os testes serão aplicados em 30% da população canina – cerca de 4.200 cães dos 14 mil existentes no município.

O levantamento foi iniciado nos bairros JK, Amaro Lanari e, neste mês, está em andamento no Caladinho do Meio. A previsão é que a ação alcance todos os bairros da cidade até o final do ano. O teste é feito em 20 minutos e, caso o resultado seja positivo, o animal infectado passa por outro exame (sorologia). Os doentes são recolhidos e eutanasiados.

“Os animais contaminados demoram a manifestar os sintomas da doença, o que dificulta o diagnóstico da leishmaniose. O teste vai ajudar no levantamento e norteamento das ações de prevenção e combate ao vetor”, explica a coordenadora de Endemias de Fabriciano, Amanda Fernandes.

Durante as visitas domiciliares, os agentes orientam os moradores sobre a importância da limpeza dos quintais e explicam que as fêmeas do mosquito transmissor da leishmaniose visceral gostam de lugares úmidos, escuros e com matéria orgânica para fazer postura dos ovos. “Por isso, eliminar essas fontes de criatório é importante”, destaca Fernandes.

Casos

Não houve registro de casos confirmados de leishmaniose visceral na cidade em 2013. Em 2014, foram três casos confirmados e um óbito. Já em 2015, até o momento, foram feitas oito notificações, sendo seis casos descartados e dois confirmados, ambos tratados.

Leishmaniose

A leishmaniose visceral é transmitida por um mosquito e tem o cão como principal hospedeiro. A contaminação acontece quando uma pessoa é picada por um mosquito que já tenha picado um animal infectado. Entre os sintomas da doença estão febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento, palidez e, nas fases mais evoluídas, hemorragias. Pode afetar o fígado, o baço e a medula óssea. O tratamento é feito a base de antibióticos e dura mais de 45 dias. Se não for tratada, a doença pode matar. (Hoje em Dia)

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