Hospital Municipal de Mato Verde é interditado pela Vigilância Sanitária

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Resíduos hospitalares e remédios vencidos foram as causas da interdição. Apesar do nome, local funciona como unidade ambulatorial.

A Vigilância Estadual de Saúde interditou o Hospital Municipal de Mato Verde, no Norte de Minas. De acordo com a Gerência Regional de Saúde (GRS), técnicos da instituição foram até o local nesta terça-feira (5) a pedido do Ministério Público Estadual de Janaúba, e verificaram a existência de algumas irregularidades, mas elas não foram divulgadas.

As condições de atendimento já eram contestadas pelos moradores desde 2014. Segundo o morador Eraldo Fagundes Barbosa, atualmente, o hospital não mantinha condições mínimas para prestar atendimento à população.

“Este hospital é mesmo uma espécie de ‘postão’, pois não tem credenciamento para ser um hospital. Nele faltam condições básicas, até mesmo de limpeza. Pacientes com diabetes, por exemplo, precisam tomar insulina, mas devem trazer a seringa porque o hospital não tem”, explica o morador que trabalha na área de assessoria em saúde pública.

Para o morador, apesar das más condições, a interdição do Hospital Municipal complica ainda mais para os moradores que precisam de atendimento médico. “Os PSFs aqui funcionam apenas até as 10h. Depois deste horário todos recorriam ao hospital. Agora teremos que ir até Porteirinha ou Monte Azul, que ficam cerca de 30 e 45 quilômetros de distância, respectivamente”, lamenta.

Em nota, o secretário municipal de Saúde de Mato Verde, Dawidson Fernando Neves, informou que a Unidade Ambulatorial atende diariamente de 80 a 120 pacientes, entre casos eletivos aos mais graves, sendo estes encaminhados aos hospitais de referência da nossa região.

Ainda segundo o secretário, a interdição aconteceu após uma visita da “Vigilância Sanitária, relatando resíduos hospitalares e medicamentos vencidos, na sua forma de armazenamento e dispensação para o descarte dos mesmos”.

Para reverter a situação, o secretário afirma que o município dará continuidade a um “processo licitatório para contratação de empresa especializada para recolher os resíduos hospitalares; e ainda completar a reforma da estrutura física da Unidade Ambulatorial”.

O prazo para que o hospital seja reaberto não foi informado. (G1)

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