ONG de Ipatinga salva cão que teve o olho arrancado

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Cão teve olho arrancado e não vai recuperar a visão, diz veterinária. Em 2014 o registro de denúncias foram 33, e este ano já são 27, diz PM.

A ONG Meu Amigo Cão, de Ipatinga (MG), capturou um cão que sofria maus-tratos. O animal teve um dos olhos retirados e seguia internado até a manhã desta quarta-feira (29). Segundo a Polícia Militar Ambiental, somente nos quatro primeiros meses desse ano foram registrados 27 ocorrências e três casos confirmados. No ano de 2014 esse número foi de 33, sendo que oito denúncias foram confirmadas.

O voluntário da ONG, Rafael Assef conta que chegou até o animal depois de receber informações do cão que teve um dos olhos mutilados, e estava vagando pelas ruas do bairro Limoeiro, em Ipatinga.

“Infelizmente, o número de denúncias de maus-tratos têm se tornado recorrente na ONG. Chegamos até o cão, depois que uma moradora ligou e relatou a situação do cachorro. A denunciante fez os primeiros cuidados do animal, que passou a noite em sua casa. No outro dia fomos até a residência e levamos o cachorro para clínica veterinária”, disse.

Ulisses teve um olho arrancado e perdeu a visão (Foto: Raíssa Oliveira / ONG Meu Amigo Cão)

O cão recebeu o nome de Uilisses e tem em média cinco anos, segundo informações da veterinária Keila Ferreira, que está acompanhando o tratamento do animal. A profissional relatou que com a mutilação, o cachorro perdeu a visão total do olho direito e o quadro é irreversível.

“Infelizmente não tem como recuperar a visão de Ulisses, já que a agressão atingiu o globo ocular do animal, e também parte da musculatura do olho. A mutilação foi tão intensa, tanto que estamos tratando com a ferida aberta, e o buraco ficou profundo. Consegui visualizar até os ossos da região dos olhos do cão”, explicou.

Rastreamento

O tenente Átila Porto, da Polícia Militar de Meio Ambiente, tomou conhecimento do caso após os membros da ONG registrarem um boletim de ocorrências nessa terça-feira (28). Segundo o militar, o caso de Ulisses caracteriza como crime de maus-tratos, devido à gravidade dos ferimentos sofridos pelo cão.

“Nem todas as denúncias que a PM recebe referente a problemas com animais são caracterizadas como maus-tratos. Somente podemos configurar este crime, em casos de mutilação de membros, animais acorrentados, expostos ao sol, bichos que não estão sendo alimentados, chegando à desnutrição, e outros”, comentou.

Porto informou que segue rastreando os possíveis autores dos maus-tratos, e ele podem responder por crime ambiental. A pena para esse crime é de três a um ano de detenção, além de multa. (G1)

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