Os drones são aviões não tripulados, utilizados em algumas operações militares para reconhecimento de áreas geográficas, vigilância em locais públicos ou mesmo ações de ataque bélico e com isso evitam baixas de soldados, o que é poderia ocorrer no caso de aviões tripulados.
Este tipo de veículo aéreo foi utilizado pela primeira vez pelos Estados Unidos em 1959, em missões espiãs, mas sua existência só foi admitida por eles em 1973, através da força aérea americana.
Um ataque de drone americano matou na semana passada pelo menos quatro supostos insurgentes no noroeste do Paquistão, na fronteira com o Afeganistão, segundo fontes locais. O ataque aconteceu na localidade de Nargas, a 25 quilômetros de Wana, a principal cidade do Waziristão do Sul, um reduto dos talibãs, da Al-Qaeda e de combatentes estrangeiros, como uzbeques ou uigures.
Mas não é só para guerra que o drone é utilizado. O drone é uma das tecnologias que nos últimos tempos tem mais chamado atenção. Equipados para resistir a trabalhos pesados e ambientes hostis, esses equipamentos podem ter diversas utilidades. Os drones podem ser lembrados como brinquedos de controle remoto, pois com um controle via rádio, você pode manobrá-lo.
Storm Drone 4 custa aproximadamente R$ 2300 no Brasil Foto: Tech Mundo/Reprodução
Essas características ajudam a entender como esses equipamentos se tornaram muito comuns entre aparatos militares e de vigilância. No entanto, há aplicações mais pacíficas, como no uso profissional de fotógrafos, resgates e limpeza de lixo tóxico.
Para se ter uma ideia, um drone da Força Aérea Norte-americana pode custar entre 800 mil e US$ 1 milhão (Entre R$ 2 milhões e R$ 2,5 milhões). Enquanto isso, um caça pode chegar a US$ 65 milhões (cerca de R$ 162 milhões).
Os drones tem sido muito utilizados por fotógrafos e cinegrafistas, sendo suporte para câmeras, com o objetivo de fazer imagens aéreas de casamentos, atividades esportivas, shows. No Brasil, é possível comprar alguns modelos em lojas especializadas a partir de R$ 2 mil.
Há ainda drones com uso mais ofensivo, armados para bombardear alvos militares. Assim como os modelos de vigilância, eles voam para áreas pré-determinadas, onde soltam bombas sobre os alvos. No geral, são aviões simples e sua perda não representa grandes prejuízos, pois tem custo muito mais baixos que aviões de guerra e não há perda humana.
Alguns drones já estão em uso na segurança e manutenção de shopping centers. Através deles, há o monitoramento externo em momentos de necessidade de uma visão aérea, vistoria dos telhados e situações que exigem imagens em alta resolução. Poucos episódios de queda de drones em meio a pessoas foram registrados no mundo. Mesmo assim, essa é uma preocupação, por isso o seu uso deverá ser por quem tem experiência em comandá-lo.
Drones são aviões não tripulados – Foto: Google/Reprodução
Tanto nos EUA quanto no Brasil ainda não existe regulamentação para o uso das pequenas aeronaves por civis. Nos EUA, houve a proibição no uso comercial. Na França, há legislação própria, sendo utilizadas as regras do aeromodelismo com um pouco mais de detalhes.
No Brasil as autoridades precisam tomar providências, pois o uso indiscriminado dos robozinhos voadores, gravando tudo, sem que possamos percebê-los, poderão ocasionar situações nada agradáveis. Cuidado, você pode estar sendo vigiado. Já pensou nessa situação?
QUEM É BRUNO TOLEDO?
Professor de Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, natural de Governador Valadares, cidade localizada no leste de Minas Gerais. Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE, Pós Graduação em Informática na Educação pela Universidade Federal de Lavras – UFLA e Licenciatura em Matemática pela Faculdade de Nova Venécia – UNIVEN. Mestrando em Sistemas de Informação e Gestão do Conhecimento pela Universidade FUMEC em Belo Horizonte. Atuou com coordenação de curso superior de Informática no Instituto Federal de Minas Gerais. Desenvolve projetos na área de tecnologia envolvendo informática na educação e também computador e sociedade. Amante de futebol e de tecnologia, hoje integra a equipe do Portal ACONTECEU NO VALE, onde trará um pouco de sua experiência na área de tecnologia.