Polícia prende quadrilha que levou mais de R$ 70 mil do escritório da Rede Souza

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Funcionária da empresa foi presa suspeita de participação no assalto. Mandante está preso no Ceresp de Ipatinga.


Cinco pessoas foram presas nessa terça-feira (28) suspeitas de terem participado de um assalto que levou mais de R$ 76 mil reais, ocorrido no último sábado, no escritório da Rede Souza, na rua Itajuba no Centro de Ipatinga. Foram presos três homens e duas mulheres, sendo que uma delas faz parte do quadro de funcionários da empresa.

O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Manhães, conta que o assalto foi marcado pelo uso de violência. O policial conta que após o assalto, a Polícia Civil começou a investigar o caso e conseguiu chegar até os suspeitos e esclarecer a participação de cada um deles no crime.

“Percebemos que foi muito fácil a entrada do bandido dentro do escritório, então desconfiamos que poderia ter a participação de algum dos funcionários da empresa. Daí por diante conseguimos identificar quem foi o mandante do assalto, quem executou o crime e quem seria a funcionária que também faz parte do bando”, explica.

O delegado disse ainda que o serviço de inteligência da polícia conseguiu as fotografias dos suspeitos e as duas vítimas reconheceram o autor do crime. “Fomos identificando cada envolvido, e um foi entregando o outro até chegar no mandante. Fizemos campana nas casas desses envolvidos e conseguimos prender todos eles ontem”, diz

Assalto aconteceu no escritório da Rede Souza – Foto: Google Street View/Reprodução

Funcionária da empresa

O delegado conta que a funcionária da empresa, uma jovem de 19 anos, foi a peça chave do assalto. Ele disse que a jovem facilitou a entrada do assaltante no prédio e ainda tentou se passar por vítima, para não levantar suspeita. Ela não tem passagens pela polícia.

“Ela fez todo o teatro na hora do assalto para não levantar suspeita. Chorou, ficou nervosa, mas tudo não passou de uma encenação. Em seu depoimento, ela tentou se passar por vítima para provar a vericidade do caso, mas depois acabou confessando a participação”.

Segundo o delegado, a polícia desconfiou dela porque de acordo com as vítimas, o autor chamava a jovem pelo nome e apelido no diminutivo, mostrando intimidade.

Manhães conta que a funcionária chegou a ir ao shopping para gastar parte do dinheiro roubado. “Toda ação dela foi acompanhada pela polícia. O inquérito está muito bem amarrado, sem chances para dúvidas”, acrescentou.

Confissão

Todos os envolvidos, segundo o delegado, confessaram as participações no crime. Manhães relata que a versão de cada um deles em relação ao dinheiro é mirabolante, e que até o momento eles não tiveram acesso ao dinheiro.

“Eles relatam histórias fantasiosas em relação ao paradeiro do dinheiro. Alguns deles disseram que o dinheiro foi entregue a uma pessoa desconhecida e que essa pessoa entregaria a parte de cada um do dinheiro. Sabemos que isso é mentira, pois a funcionária já estava até gastando um pouco a sua parte no shopping”, diz.

O delegado informou que parte do dinheiro roubado já foi recuperado, e que o suspeito de executar toda ação não tem passagens pela polícia. “Isso mostra que uma pessoa entra no mundo do crime por qualquer motivo. Que nem sempre alguém com uma ficha criminal expressiva é o suspeito de cometer um assalto dessa grandeza”, finalizou.

Crime

O assalto foi na manhã de sábado (25), por volta das 11h, no escritório da Rede Souza no Centro de Ipatinga. Segundo informações da Polícia Militar, a recepcionista do prédio, que foi presa suspeita de envolvimento no crime, foi abordada por um homem de cor morena, olho caído, com uma mochila nas costas, usando uniforme da empresa Rede Souza. Ele teria dito que era do Posto do Caravelas e que precisava trocar os uniformes.

A recepcionista levou o autor até a sala de contabilidade, e lá ele anunciou o assalto. Em seguida ele ordenou que ela tapasse a boca com uma fita adesiva. “A funcionária ajudou o criminoso na ação, mas ela se fez de vítima, e chorou muito’.

Em seguida o autor roubou do cofre a quantia de R$ 76 mil. Antes de fugir, ele foi onde estava o aparelho de gravação do circuito interno do escritório e retirou o equipamento.

As três vítimas, inclusive a funcionária envolvida no assalto, informou para polícia militar que foram agredidas fisicamente com empurrões, socos e tapas. “A participação dela no crime é clara, não tem como o autor ter acesso a essas salas se não fosse através dela”, conclui.

(Inter TV dos Vales)

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