INTERDISCIPLINARIEDADE DA GENTE – Marco Aurélio

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No fim somos esse amontoado de gente
Não uma nação.
Conceito publicitário delimitado
E sim um povo numa terra inóspita
Torcendo para estar fazendo a coisa certa.

Não somos os que enfrentam a selva?
Para no fim do dia contabiliza os espólios de guerra
As perdas, as histórias que ficam
E refazemos o ânimo para o dia seguinte?
É cruel, mas não fugimos ao embate.

Cada um e seus propósitos escusos
Levando isso a um prumo
Onde um mais imundo
Compra-nos o projeto de derramar a graça
Sobre todo esse nosso povo.

Que nunca haja consenso
Ou será chato e monótono escolher um Totem
Não somos todos negros ou brancos
E ainda tem os mulatos, amarelos e sardos
Porque não brigaríamos?

Não somos uma nação, porque decidimos ser um povo
Assim como não temos raça, credo ou sexo
Somos então uma interdisciplinaridade da gente
E pronto. Comum e paradoxo
Cujo passado dinâmico vivo e questionável
O futuro, venezianas janelas escancaradas
Quem se arrisca definir o brasileiro.

Temos a força e não falta vontade
Um capiau na grande cidade
Noutro um executivo de alfaces
Mas a bandeira esta certa
A mata, o ouro, o imenso céu que nos engolfa
Sob o lema ainda que tardia, paz, ordem e progresso.

Nação é chata
Brasileiro é massa
Sem forma que se amolda
As circunstâncias e dificuldades
A soma é dessa verdade
Que me levará a escreve-lo
Por toda minha breve eternidade.

Quem é Marco Aurélio?

[image src=”https://aconteceunovale.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/marco_aurelio_colunista.jpg” width=”220″ height=”220″ lightbox=”yes” align=”left” float=”left”]Ipatinguense, criado em Governador Valadares, Polícia Militar no posto de 2º Tenente lotado no 19º BPM e Bacharel em Direito com especialização em Ciências Jurídicas.

Escreve desde os treze anos, mas foi em 2005 que começou a escrever seus livros. Atualmente tem quatro livros de poesias, porém, devido as constantes mudanças por causa da profissão e carreira policial, ainda não os publicou.

Já teve trabalhos publicados em jornais das cidades onde já morou: Governador Valadares, João Monlevade e Paracatu. Também compõe crônicas e peças teatrais. Atualmente trabalha em “O Anúncio”, para o teatro.

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