Polícia Civil prende médico acusado de abusar sexualmente de pacientes em Turmalina

1

Médico abusava sexualmente de pacientes durante atendimentos no Hospital Municipal São Vicente de Paulo e em postos de saúde da cidade. Pelo menos cinco mulheres foram vítimas de abuso

Um médico que atuava como ginecologista no Hospital Municipal São Vicente de Paulo e em postos de saúde de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha, foi preso na última sexta-feira, 17 de outubro, acusado de abusar sexualmente de suas pacientes. Até o momento, cinco mulheres foram ouvidas.

As investigações, que duraram dois meses, começaram depois que quatro vítimas procuraram a Polícia Civil para denunciar o profissional. De acordo com o delegado Dr. Felipe Pontual Meira Rosa, o homem usava de fraude para praticar os atos libidinosos, dizendo que a forma como examinava as pacientes fazia parte de um protocolo de atendimento na área de ginecologia.

Médico foi preso na última sexta-feira (17) – Foto: Divulgação/Polícia Civil de Turmalina

Conforme a investigação, o médico negava a entrada de enfermeiras ou acompanhantes para o atendimento às pacientes e, muitas vezes, não fazia uso de luvas. Ele também tentava masturbar as mulheres que, ao perceberem, interrompiam o ato. Ainda segundo a polícia, enquanto atendida em outra cidade, ele expôs o órgão sexual sem que a vítima percebesse e tentou penetrá-la.

O delegado não divulgou o nome do médico e nem das vítimas. O caso corre em segredo de Justiça. O ginecologista foi preso preventivamente em um dos locais onde trabalhava. De acordo com o delegado, o médico se mostrou surpreso com as denúncias. Ele deve permanecer detido na cadeia pública da cidade até o término das investigações. Outras duas mulheres devem ser ouvidas ainda nesta semana.

Ainda de acordo com Felipe Pontual, o crime do qual o médico é suspeito está previsto no artigo 215 do Código Penal Brasileiro como “violação sexual mediante fraude”, que é quando o criminoso engana a vítima para praticar o abuso sexual. Conforme o delegado, as vítimas costumam suspeitar que algo está errado, mas não poderiam afirmar que era um crime. “Nesse caso, ele utiliza do ardil dizendo que faz parte do exame, mas não faz. É importante para que outras vítimas vejam e possam procurar (a polícia)”, explica o delegado. A pena para este crime varia de dois a seis anos de prisão.

O que diz a defesa do suspeito?

O advogado de defesa do médico, que não quis ter o nome divulgado, informou que já entrou com um pedido de revogação da prisão ou a substituição por uma das medidas cautelares previstas no código de processo penal, e que ainda não vai se pronunciar sobre o caso, uma vez que o inquérito só foi fornecido no final da tarde desta segunda-feira (20), portanto ainda não havia tomado conhecimento completo acerca do fato.

Ainda segundo a defesa, algumas notícias veiculadas causaram estranheza, uma vez que o inquérito ainda está em tramitação, mas que o médico sequer figura como indiciado, apenas investigado, e que confia plenamente na inocência do suspeito, haja vista a manifestação e a comoção da população a favor dele.

1 COMENTÁRIO

  1. Nos surpreendemos estarmos em pleno século XXI e as histórias se repetirem por um ser humano que salva vidas, que faz a diferença em nossa cidade, ter passado por este constrangimento em se destacar e sensibilizar em prol da população, sabemos que ele e uma pessoa querida na cidade, e o mínio que podemos retribui-lo e com sensibilizações através de nossas orações e carinho. Nos dias atuais a justiça divina já nos mostra que se plantamos o bem colheremos situações satisfatórias. Gostaríamos de continuar com você na especialidade de Ginecologista atendendo em nossa cidade.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui