Abre-se um mundo de portas que não se acabam mais
Estação de luzes que atravessam imortais
E correm dos teus vales de sol até esse fosso
Deixando a clareira, as páginas, um rastro de lucidez.
Veraneio este que comungam céticos e sonhadores
São tantas notícias de paz e gladiadores
Que ira, a paixão certa e confusa, ouço
De causar ao senso comum de capa-a-capa, embriaguez.
Desperto-me! Agora também vejo a torpes
Dessa infinita viagem em cada verso ou prosa, absorto
Tomam caro o bilhete alguns ditadores
Que repassam, ladrões! Como bons emprestadores.
A lira, a escrita, o oficio; transforma os mercadores,
Não importando sugar do sentimento escriba o gozo
Contanto que lhe encham os cofres
Toda graça literária, rica e imaginária, oh podres!
E cá eu noviço, ainda mui cortês entre iguais
Vendo as palavras doerem-me, alimentar canibais
Sigo translúcido sob esse sol nebuloso, esperançoso
Que um livro vença, com amor ao leitor, a estupidez.
Marco Mahsoliva (2008)
Quem é Marco Aurélio?
[image src=”https://aconteceunovale.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/marco_aurelio_colunista.jpg” width=”220″ height=”220″ lightbox=”yes” align=”left” float=”left”]Ipatinguense, criado em Governador Valadares, Polícia Militar no posto de 2º Tenente lotado no 19º BPM e Bacharel em Direito com especialização em Ciências Jurídicas.
Escreve desde os treze anos, mas foi em 2005 que começou a escrever seus livros. Atualmente tem quatro livros de poesias, porém, devido as constantes mudanças por causa da profissão e carreira policial, ainda não os publicou.
Já teve trabalhos publicados em jornais das cidades onde já morou: Governador Valadares, João Monlevade e Paracatu. Também compõe crônicas e peças teatrais. Atualmente trabalha em “O Anúncio”, para o teatro.