Prefeitura de Ipatinga descarta reajuste da passagem de ônibus em 2014

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A passagem de ônibus em Ipatinga não terá nenhum reajuste até o fim do ano, mantendo o preço cobrado desde junho do ano passado, de R$ 2,75, quando houve uma redução em relação ao preço cobrado em 2012. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (11/09), em “Comunicado Oficial” assinado pela prefeita Cecília Ferramenta. Assim, fica descartado o reajuste reivindicado pela concessionária do serviço.

Desde o início do ano a concessionária de transporte esperava autorização da Prefeitura de Ipatinga para reajustar a passagem de ônibus. A empresa reivindicava uma correção para cobrir o aumento de custos, principalmente de combustíveis e de pessoal. O reajuste chegou a ser aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte e Trânsito, no dia 27 de março, para R$ 3, mas a prefeita determinou que fossem buscadas alternativas para evitar o repasse dos custos ao preço da passagem.

Para não comprometer a qualidade do serviço de transporte coletivo e não onerar os usuários, o caminho encontrado pela Prefeitura foi a desoneração temporária de parte do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e da taxa de gerenciamento do transporte. A desoneração vale por seis meses, podendo ser prorrogada por igual período, conforme projeto de lei aprovado nesta semana pela Câmara de Ipatinga.

Cecília Ferramenta considera a desoneração provisória de impostos como a melhor alternativa para manter o preço da passagem de ônibus cobrado há mais de um ano e meio. No atual governo não foi autorizado nenhum reajuste. “Vamos buscar outras fontes de arrecadação. O principal é que a população não será sacrificada com um aumento da tarifa de ônibus”, destaca a prefeita.

“JUSTIÇA SOCIAL”

De acordo com Cecília Ferramenta, a desoneração de impostos é uma prática adotada em nível nacional para evitar reajustes das tarifas de transporte coletivo. A iniciativa partiu do governo federal, que, em 2013, desonerou as empresas do setor do pagamento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e dos Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP). Por sua vez, os Estados reduziram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), enquanto os municípios abrem mão de parcela do ISSQN.

Na avaliação de Cecília, a decisão da Prefeitura, com o aval da Câmara, faz “justiça social”, pois garante um serviço essencial sem onerar a população.

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