Rosilene Ávila – O que você realmente gosta de fazer?

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Após um longo intervalo para reflexões, volto a compartilhar com os leitores um pouco mais das minhas vivências, experiências e observações. Em poucas palavras, volto a dar meus “pitacos”, porque compreendo agora que não sei por que, mas devo escrever, não porque tenho algo novo, inédito e interessante a dizer, mas sim porque me faz bem. E espero que esse bem seja compartilhado com os leitores.

Então, iniciemos a nossa reflexão: O que te faz bem? Andamos tão ocupados com nossas tarefas e problemas que passamos anos e anos sem saber a resposta dessa pergunta. Ou então nos acostumamos aos prazeres comuns para a maioria das pessoas: tomar uma cerveja com os amigos, ser amado, ir a festas, ganhar dinheiro, fazer compras, dançar, viajar… E então, quando nos falta o que acreditamos que nos faz bem, nos sentimos tristes, frustrados, deprimidos. O fato é que viagens, amores, cerveja, dinheiro, festas, amigos, nem sempre estarão disponíveis. Muitas vezes temos que conviver com fracassos, falta de dinheiro e até mesmo a tão temida solidão. E aí? O que resta? Viver sem nenhum prazer? Se afogar no sofrimento, na murmuração, no desespero? Ou podemos encontrar algo que independa o máximo possível de fatores externos e que nos faça bem. Pode ser uma oração, uma música, um dom, um livro, um pensamento, uma lembrança, uma atitude, uma atividade. Podemos e devemos encontrar no meio da turbulência do dia-a-dia uma válvula de escape, um cantinho individual, onde possamos nos encontrar com a nossa alma e buscar o que nos falte, seja paz, ânimo, força, alegria, serenidade, concentração, coragem…

Para nós pais, por exemplo, que vivemos em função dos filhos, algo difícil pode estar por vir: quanto tempo passamos por conta de fraldas, papinhas, deveres, escola, uniformes, lancheiras, apresentações, vestibulares, ou ainda, quanto tempo passamos trabalhando para dar tudo isso pra eles? Quando a nossa razão de viver se for cuidar da própria vida, o que irá nos manter de pé e animados? Onde ficaram nossos sonhos e projetos? O que nós gostamos de fazer? Você nunca tinha pensado nisso? Pois quanto antes pensar, melhor. Pode ser que o que você gostava de fazer antes não seja mais tão animador e prazeroso. Portanto, é bom tirar um tempinho para si, conversar com a alma, ver como está o nível de satisfação e redescobrir a melhor maneira de se manter de pé e bem, até mesmo em circunstâncias consideradas difíceis e que são comuns para todos, como tempos de solidão, por exemplo.

Tenho procurado isso e não pela simples razão de buscar a felicidade. Vai além: é uma questão de melhorar a maneira como lidamos com as tristezas que fazem parte da vida.

QUEM É ROSILENE ÁVILA?



Mãe, esposa, catequista, servidora em escola pública e privada, acadêmica do curso de Administração Pública – UFOP e Cerimonialista na Casa das Festas, em Sabinópolis. Amante da filosofia, das letras, da arte e da ciência política e do comportamento humano.

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