Entidades organizam ação para combater o transporte clandestino no Norte de Minas

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Reunião foi realizada na manhã desta quarta-feira (6) em Montes Claros. Cidade é segundo maior entroncamento de rodovias do país.

Na manhã desta quarta-feira (6) entidades públicas se reuniram na coordenadoria regional do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), em Montes Claros, para discutir metas e estratégias no combate ao transporte clandestino no norte de Minas Gerais.

A cidade de Montes Claros é apontada como o segundo maior entroncamento de rodovias do país. Para o diretor de fiscalização do DER/MG, João Afonso Baeta, esse é o motivo que leva à utilização de táxis para realizar transporte ilegal de passageiros na região.

“Nós estamos periodicamente em Montes Claros com diversos agentes da defesa social para discutir processo de coibição do transporte clandestino em uma das regiões que mais acontecem esse tipo de transporte. Então se fez necessária uma força tarefa para que a gente possa de forma intensa combater esse tipo de atividade”, afirma.

A parceria envolve órgãos como o DER, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Polícia Civil e Militar. De acordo com o diretor, as fiscalizações são intesificadas durante o período eleitoral.

“Nós estaremos atuando independente do período eleitoral. É lógico que a eleição é um momento especial, existe uma intensa demanda de passageiros se deslocando e nós somos responsáveis por garantir a segurança desses eleitores passageiros e estaremos atuando normalmente”, diz Baeta.

Os órgãos identificaram dificuldades no exercício da fiscalização e estabeleceram estratégias no combate ao transporte clandestino. Segundo João Afonso, “o volume de apreensões de transportadores ilegais na região norte-mineira vem crescendo ano após ano”.

O coordenador substituto de fiscalização da unidade da ANTT Minas, Joaquim Fagundes Silva, afirma que frequentemente é feita apreensão de transporte interestadual na região. “É grande número de transporte que sai do Nordeste em direção a São Paulo e passa por aqui, boa parte deles configura no transporte clandestino”, destaca.

O Sindicato das Empresas de Transportes Intermunicipal de Minas Gerais (Sindpan) é quem representa as empresas de transportes regulares. A assessora jurídica da entidade, Zaira Carvalho Silveira, diz que é grande a reclamação dessas empresas e espera que a reunião dê mais eficiência no combate à ilegalidade.

“Infelizmente as empresas não tem poder de polícia e veem carros saindo na frente do ônibus, cobrando o preço que querem. Sabem que não pagam impostos, não assinam carteira, ou seja transportam aquele usuário de forma precária”, ressalta.

A assessora afirma ainda que o exercício da atividade irregular causa prejuízo econômico às empresas licenciadas, mas o consumidor deve ficar atento, pois também está sendo lesado.

“Nós temos situações concretas de municípios onde o serviço púbico foi paralisado por falta de sustentação econômica, e a população sente que o taxista passa a cobrar o preço que bem entendia”, afirma. (G1)

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