A cidade de Montezuma era famosa em toda Minas Gerais e Sul da Bahia devido as suas águas termais, que atraiam muitos turistas nos finais de semana e feriados, movimentando o comércio local, gerando empregos e renda para a população, pois em algumas ocasiões chegavam à cidade até 30 ônibus com turistas, atraídos pelas águas quentes, com temperatura entre 37 e 41º C. Mas, sob o pretexto de revitalização, o ex-prefeito Erival Martins, popular Grande, fechou o balneário para iniciar as obras. Fechou e não abriu mais.
A obra de revitalização, orçada em R$ 1,7 milhão, oriundos do Governo de Minas, prometia modernizar o balneário, aumentar as piscinas e outras diversas melhorias, como a geração de até 300 empregos diretos. Na época, o então prefeito Grande anunciou a titulação do balneário, considerado como fundamental para o projeto de revitalização. Ele chegou a dizer que a “revitalização do balneário é a revitalização de Montezuma”.
Balneário fechado para revitalização está abandonado em Montezuma
Pois bem, a obra foi licitada e a vencedora foi a Construtora JRN Ltda. Em agosto de 2012, a empresa recebeu a 1ª bolada, R$ 258 mil. Em outubro do mesmo ano recebeu mais R$ 43 mil. Os trabalhos estavam sendo feitos, devagar mais estavam. Em abril de 2013, a construtora pegou mais R$ 48 mil. Em setembro, mais R$ 139 mil. Em outubro embolsou mais R$ 83 mil. E por fim, em novembro de 2013, foram pagos mais R$ 128 mil para a JRN. No total, a construtora recebeu pouco mais de R$ 700 mil.
Agora, em 2014, a população se depara com um caos total no balneário. As piscinas estão quebradas, a “casa de madeira” foi totalmente destruída e o matagal tomou conta do ambiente. Resultado: o turismo acabou na cidade e o comércio está arcando com as consequências.
Em maio de 2009, quando a Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa realizou audiência pública em Montezuma para debater a revitalização do balneário, a estudante da Escola Estadual Herculano Martins, Micaela Ladeira Silveira, comoveu as autoridades presentes ao apresentar seu temor em torno do projeto, parecia que ela estava prevendo o eminente problema.
Conforme a atual administração, a obra está sob análise técnica e jurídica por parte da Secretaria de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais – SETOP, que deverá concluir os pareceres para serem tomadas as devidas providências, ficando a esperança de que a obra seja reiniciada. “Certo é que, a administração anterior fez inúmeras alterações no projeto inicial e isso gerou sérios problemas”, relata o procurador do município, Dr. Marcelo Colares.
Atual administração está tentando retomar a obra que foram abandonadas
(Fonte: Folha Regional)