Militar suspeito de matar jovem no Leste de Minas responderá na Justiça Comum

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Na manhã dessa segunda-feira (7), o comandante da 58ª CIA, tenente coronel Anderson Stenner, informou que o soldado suspeito de balear e matar Frederico Alan de Souza Paiva, de 26 anos, foi afastado temporariamente da Polícia Militar e responderá o processo na Justiça comum. O crime aconteceu na sexta-feira (4), no bairro Alipinho em Coronel Fabriciano, durante uma blitz.

“O processo volta para a Comarca de Fabriciano e aí corre normalmente, até o juiz da cidade decidir ou não pelo Júri Popular, já que esse é um caso de morte”, afirma o comandante.

O policial que teria sido preso em flagrante, após a morte do rapaz, foi liberado no sábado (5), e passou por exames psicológicos nessa segunda-feira.

De acordo com o comandante da PM, o soldado entraria de férias no inicio dessa semana, mas agora esta condição será reavaliada. “Somente uma profissional pode nós dizer se o militar tem condições de voltar para rua ou terá que passar um tempo atuando em nossas áreas administrativas”, diz Stenner.

(Foto: Carmem Souza / Arquivo Pessoal)

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Entenda o caso

Frederico Alan de Souza Paiva foi baleado na sexta-feira (4), após supostamente desobedecer uma ordem de parada militar, durante uma blitz no bairro Alipinho, em Coronel Fabriciano.

De acordo com o boletim policial, a blitz de trânsito estava sendo realizada na Rua João Teixeira Benevides, momento em que se aproximou uma moto, a qual Frederico pilotava. Um dos militares deu ordem de parada para o motociclista que teria reduzido a velocidade. Ele então teria perdido o equilíbrio e deixado a moto tombar para o lado.

O boletim relata que um militar foi em direção à motocicleta com a intenção de desligar o veículo e proceder a abordagem. Enquanto o policial se aproximava, Frederico teria se erguido e acelerado a moto para cima dos policiais. Um dos PMs ainda teria tentado segurar a motocicleta, para evitar ser atropelado.

Ainda segundo o registro, um dos soldados presentes teria pedido para o jovem parar, mas ele teria desobedecido a ordem. Foi então que um dos militares atirou duas vezes contra o rapaz, que mesmo assim fugiu em alta velocidade. A vítima foi socorrida 300 metros do local da blitz.

Familiares questionam ação

O jovem que morreu é filho da vereadora Carmem do Sinttrocel (PCdoB). A parlamentar disse que está de luto pela morte do filho e indignada com a ação da PM.

“A polícia foi imprudente em tirar a vida do meu filho. O ocorrido não justifica ter atirado nele. Temos testemunhas que viram o PM dando o tiro de perto. Frederico não era criminoso. A PM está querendo colocar a culpa em uma pessoa inocente. Eu sempre apoiei a PM, e agora acontece isso, justamente com meu filho. Não vou me calar. Não vou aceitar o que eles relataram”, afirma a vereadora.

Frederico estava no 3º período do curso de Engenharia Elétrica e não tinha passagem pela polícia.

(G1 / Inter TV dos Vales)

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