Vítima foi acusada por um casal de ter furtado um celular. Ela foi baleada na casa do casal enquanto discutia com a mulher.
Uma amizade de aproximadamente três anos foi desfeita depois de uma discussão por causa de um celular. Após ser acusada de furtar o aparelho telefônico da mulher do seu amigo, uma dona de casa de 24 anos foi assassinada por ele, no fim da noite dessa quinta-feira (12), em Bocaiuva, no Norte de Minas.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o crime aconteceu na casa do suspeito, localizada na rua “R”, depois de uma briga no bar da mesma rua. Testemunhas contaram que Tamires Souza estava consumindo bebida alcoólica e, em outra mesa, o suspeito, Warllen Gonçalves Cândido, de 26, estava com a companheira também bebendo.
Minutos depois, a mulher foi até a mesa de Tamires e perguntou por qual motivo ela teria furtado seu celular. A vítima negou o crime e disse que eles poderiam revistá-la. O casal não quis e foi para casa. Irritada pela acusação, a jovem resolveu ir até o imóvel do amigo tirar satisfações.
Ao chegar à residência, ela começou a discutir com Cândido. Ele teria mandado ela sair da casa, se não iria atirar. Por duas vezes, segundo o registro da polícia, Tamires falou que o homem poderia atirar. Nesse momento, ele efetuou um disparo que atingiu o peito da jovem.
A mulher saiu correndo e pediu socorro no bar, mas não resistiu ao ferimento e morreu antes da chegada do socorro médico. Após o crime, Cândido fugiu e não foi mais localizado. Já a sua companheira foi levada à delegacia, prestou esclarecimentos e foi liberada.
“Minha cunhada era uma pessoa tranquila e não tinha inimigos na cidade. Ela e a família saíram da Bahia para morar em Bocaiuva”, disse Ludmila Queiroz Silva, de 24 anos, que é irmã do marido da vítima.
Ludmila, que já foi casada com o suspeito, contou ele e a atual companheira sempre se metiam em brigas.
“Eles gostam de confusão, mas tinham um bom relacionamento com a Tamires. Nunca brigaram. No momento do crime, meu irmão estava trabalhando em outra cidade”, contou a dona de casa.
Tamires deixa cinco filhos, com idades entre 8 e 1 ano.
Suspeito tinha histórico violento
Ludmila contou à reportagem que o ex-marido sempre foi violento e Cândido chegou a agredi-la mesmo depois da separação. “Ele queria voltar e, como eu não aceitava, me batia. A mulher dele sabia, mas não falava nada”, explicou.
A jovem chegou a registrar quatro boletins de ocorrência contra o agressor, mas, por medo, sempre desistia de continuar com as denúncias.
O sepultamento de Tamires deve acontecer nesta sexta-feira (13).
(O Tempo)