Polícia apresenta 9 suspeitos de participação em homicídios em Montes Claros

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A Polícia Civil de Montes Claros (MG) apresentou, nesta quarta-feira (11), nove suspeitos de três assassinatos ocorridos em fevereiro, março e abril de 2014. Seis pessoas estão foragidas e há ordem judicial para a internação para três menores.

Segundo o delegado de homicídios Bruno Rezende, neste ano foram contabilizados 36 crimes, em 2013 foram 44, 20% a menos do que em 2013. Apesar da queda, ele considera o índice alto e diz que “a polícia objetiva que a redução repercuta durante todo o ano, já que a diminuição por mês é sazonal e virtual e não reflete a violência que ocorre no dia a dia.”

Bruno Rezende destaca que os crimes, em maioria, têm relação com o tráfico de drogas e estão ligados com a disputa entre gangues. O delegado ainda afirma que alguns dos assassinatos são cometidos em retaliação à mortes anteriores, ele cita como exemplos os dois homicídios ocorridos no domingo (8).

Suspeitos de homicídio foram apresentados nesta quarta (Foto: Michelly Oda / G1)

Homicídio no Novo Delfino

Américo Santos Barbosa, de 22 anos, Carlos de Souza Guerra, de 28 anos, e Alexandro Gonçalves, de 30 anos, foram presos pelo homicídio de Gilmaicon Oliveira Xavier, no Novo Delfino, no dia 15 de fevereiro. Estão foragidos Fabrício Fernandes e Hubert Rafael Soares.

Segundo as investigações da delegacia de homicídios, tanto a vítima, de 22 anos, quanto os suspeitos têm passagens por tráfico de drogas. Eles atuavam no comércio de entorpecentes na região do Bairro Vila Anália.

Homicídio no Santo Expedito

Um dos assassinatos de maior repercussão foi o de Evair Ribeiro Lopes, que não tinha passagens pela polícia e foi morto enquanto trabalhava em uma loja de pneus. Várias manifestações contra a violência foram realizadas em Montes Claros, após a morte do rapaz.

De acordo com o delegado de homicídios, um adolescente viu três homens entrando no local para fazer um serviço de manutenção de um veículo e acionou os comparsas.

As investigações apontam que a dinâmica do crime foi planejada. Bruno Rezende explica que “uma logística elaborada foi providenciada”. Enquanto as armas eram levadas em um carro, os atiradores seguiam de moto por diferentes trajetos, para não levantar suspeitas. Três, sendo dois menores de idade, entraram no estabelecimento e atiraram, matando um Evair Lopes.

“Podemos perceber a audácia dos criminosos, que motivados por disputas de tráfico e de gangues rivais, entraram em um local onde estavam pessoas comuns, com risco de assassina-las de forma impiedosa”, diz Rezende.

Além do funcionário da loja, os criminosos atiraram em Wellington de Souza Cardozo, de 22 anos, que tem passagem por homicídio, e Luiz Fernando Santos, de 23, que acabou morrendo no hospital. O terceiro alvo era Ewerton Oliveira Santos, que saiu ileso, mas acabou morrendo depois de um acidente de trânsito, depois de desrespeitar a ordem de parada da polícia e bater com a moto em muro de uma casa. Ele também tem um registro na polícia por tentativa de homicídio.

Neste caso, a polícia descobriu que quatro menores entre 14 e 17 anso estavam envolvidos. Um deles está internado e há ordem da Justiça autorizando a internação dos outros três. No decorrer das investigações três armas foram apreendidas, a Polícia Civil aguarda os resultados do teste de balística para descobrir se foram as utilizadas no crime.

Foram presos Marcelo Cardoso, de 20 anos, Thiago Duarte dos Santos, de 24, Tiago Moreira, de 27, Alofison Fabiano Maciel, de 27 e Fernando Alves, de 29, sendo que os últimos três já têm passagens por homicídio.

Estão foragidos Thiago Soares Souza, de 19 anos, Waldenilson Silva de Jesus, de 21, e Fernando Alves de Souza, de 29, que emprestou as armas que foram usadas no crime.

Homicídio no Cintra

A polícia também apresentou Vinicius Alexandre Viera de 19 anos foi preso pelo assassinato de Alef Alexandre Dias Maciel, ocorrido em 5 de abril, na Rua José Soares de Paula. Estão foragidos Dener Rodrigues, que tem passagem por tentativa de homicídio, e era irmão da vítima por parte de pai, e Rodrigo Adones dos Santos.

De acordo com a polícia, os suspeitos iriam cometer um assalto e viram Alef Alexandre Vieira, eles retornaram e mataram o rapaz.

Sobre os policiais vítimas de latrocínio

Durante a apresentação de presos o delegado Bruno Rezende e o tenente Rodrigo Barboza, da Polícia Militar, falaram também sobre as mortes de policiais reformados, um fazia a segurança de um carro que transportava dinheiro de um posto de combustíveis e o outro fazia a segurança de um comerciante. Os dois foram mortos por assaltantes. Outro militar também ficou ferido durante um roubo neste ano.

“São casos lamentáveis, são três casos tendo militares como vítimas, no primeiro o policial ficou ferido e paraplégico, e nos dois últimos acabaram morrendo. Foi montada uma força tarefa entre as delegacias e a Polícia Militar com o apoio do Ministério Público e do Judiciário para capturar os autores desses crimes”, fala o tenente Rodrigo Barboza.

O delegado de homicídios explica que estes casos não ficam a cargo da delegacia especializada por se enquadrarem em crimes contra o patrimônio, mas há um empenho entre todas os policiais para que os casos sejam apurados e os culpados punidos.

Caso da Vila Mauriceia

O tenente Rodrigo Barboza falou também sobre a apuração de uma ocorrência na qual um rapaz teve lesão corporal seguida de morte. Familiares procuraram pela polícia e disseram que as agressões teriam sido cometidas por policiais militares.

O tenente disse que foi aberto um inquérito para investigar o caso e um procedimento administrativo, junto à corregedoria da PM também foi instaurado, para apurar se algum militar teve envolvimento com o caso.

Investigadores, delegado e militar participaram de coletiva com a imprensa (Foto: Michelly Oda / G1)

(Fonte: Inter TV Grande Minas)

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