Estado promove operação para coibir desmatamento ilegal em área de Mata Atlântica

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Ação realizada no Norte de Minas foi responsável, até o momento, pela prisão de quatro pessoas e aplicação de cerca de R$ 200 milhões em multas

Foram fiscalizados, aproximadamente, 3 mil hectares (ha) de área do bioma – Foto: Wellington Pedro/Agência Minas

Quatro pessoas foram presas e cerca de R$ 200 milhões aplicados em multas durante fiscalização deflagrada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), nesta semana. A ação denominada Macaco Muriqui II está sendo realizada nos municípios de Montalvânia e Juvenília, localizados na região Norte do Estado. O objetivo é cumprir cinco mandados de busca e apreensão e coibir o desmatamento ilegal em área de Mata Atlântica em Minas Gerais. A operação está inserida no Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento da Mata Atlântica, lançado esta semana pelo Governo de Minas.

No balanço parcial até esta quinta-feira (29/05), cerca de 50 pessoas participaram da ação, entre fiscais da secretaria, policiais civis e militares, sendo dez integrantes do Grupo de Ações Táticas (Gate) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Foram fiscalizados 21 polígonos de desmate que totalizam, aproximadamente, 3 mil hectares (ha) de área do bioma. Foram apreendidos, ainda, oito armas e 16 pássaros.

De acordo com o superintendente de Fiscalização da Semad, Marcelo da Fonseca, o foco da ação era coibir a exploração de produtos e subprodutos florestais na região Norte. “A região apresenta numerosos fragmentos de remanescente de Mata Atlântica e uma variedade de animais. Os municípios alvos da operação foram responsáveis por 8% do desmatamento irregular realizado no Estado de Minas Gerais entre 2011 e 2012”, afirma.

Ainda segundo Fonseca, além de identificar infratores ambientais e aplicar as penalidades administrativas e criminais, a fiscalização foi fundamental para verificar se as áreas embargadas em operações anteriores permaneciam com as atividades paralisadas. “É importante, também, para mostrarmos aos infratores a presença do Estado na região. Isso ainda intimida aqueles que têm a intenção de agir de forma clandestina”, ressalta.

As áreas onde foram realizadas as fiscalizações são matas fechadas, cobertas por vegetação caracterizada como Florestas Estacional Semidecidual e apresentam, em sua maioria, estágios médio e avançado de regeneração do bioma. “Além de suprimir a vegetação, os infratores transformam o material carvão vegetal e as áreas são destinadas à silvicultura ou pecuária”, explica o superintendente.

A ação atual é continuação da operação Macaco Muriqui I, realizada no final de abril deste ano, em Teófilo Otoni, na região do Vale do Rio Mucuri. Na ocasião, foram aplicadas multas com valores que atingem cerca de R$ 2 milhões, embargados 350 hectares de áreas desmatadas ilegalmente e 16 pessoas foram presas. Também foram apreendidos 10 mil metros cúbicos de lenha e 300 de carvão provenientes de madeira nativa, o que corresponde a 1,3 mil caminhões de transporte do tamanho mais comum encontrado em Minas Gerais.

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