O número de portadores de HIV em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, cresceu 16% nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação a igual período de 2013. Foram 134 casos no ano passado contra 156 agora, sendo 88 homens (56%) e 68 mulheres (44%).
Segundo o médico infectologista do Programa DST, Aids e Hepatites Virais – responsável pelo levantamento –, Márcio Rodrigues de Castro, o perfil das pessoas com HIV varia de idade, escolaridade e poder econômico, mas os jovens abaixo de 24 anos do sexo masculino têm liderado o índice de crescimento.
“Esse público tem iniciado a vida sexual precocemente e sem proteção. E isso independe de classe social”, diz Márcio.
De acordo com o infectologista, com o tratamento adequado, é possível controlar o vírus HIV para que a pessoa não chegue a desenvolver a Aids. Márcio lembra que a facilidade de acesso aos exames e os testes rápidos de HIV e outras DST’s, como sífilis e hepatites B e C, têm arregimentado mais pessoas em busca de diagnóstico e tratamento.
J.R., de 39 anos, um educador com mestrado em sua área de atuação, descobriu ser soropositivo aos 33. Disse que no início sofreu preconceito de amigos e familiares e teve depressão. Hoje, superada essa fase, vive uma “rotina com qualidade”.
No caso de Coronel Fabriciano, os testes rápidos são oferecidos no Núcleo Especializado em Programas de Saúde (Neps), que fica na rua São Sebastião, 1.007, bairro Professores. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, foram registrados 311 casos de Aids em Minas Gerais neste ano, com 34 mortes. (Hoje em Dia)