As celebrações da Semana Santa em Diamantina, Minas Gerais, retomaram este ano um ritual inspirado em profetizas da antiguidade.
É coisa rara encontrar alguém que se lembre das personagens Frígia, Líbica e Délfica. As três fazem parte de um grupo de mulheres pagãs que viveu na antiguidade. Tinham o dom de prever o futuro e eram conhecidas como sibilas.
“Os oráculos das sibilas se referiam a futuros coletivos, de guerras, de vitórias, de derrotas”, explica Maria Cláudia Magnani, professora de história.
Representação das Sibilas da Igreja do Senhor do Bonfim em Diamantina – Foto: Paróquia Santo Antônio da Sé
Ninguém sabe ao certo por que, mas a ligação das profetizas com Diamantina é muito antiga. Quatro delas aparecem nas pinturas do teto de uma capela, que é do Século XVIII. Para a Igreja, essa história tem tudo a ver com a Semana Santa, já que as sibilas previram com detalhes tudo o que viria a acontecer com um dos personagens mais famosos do mundo.
De agora em diante as sibilas têm lugar garantido nas encenações da Semana Santa.
“A gente tem avó com os netos vendo a procissão juntos, relembrando as histórias”, diz uma fiel.
“É mais um atrativo para uma cidade que é patrimônio da humanidade”, declara outra fiel.
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