A Justiça Eleitoral cassou os mandatos da prefeita e do vice-prefeito de Simonésia, na Zona da Mata mineira, por compra de votos e por abuso de poder político e econômico na eleição de 2012. Na sentença, a juíza ainda os tornou inelegíveis por oito anos e determinou a realização de novas eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito da cidade.
A decisão foi tomada após pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que acusou os dois políticos de prometerem empregos, distribuírem dinheiro e doarem material de construção a eleitores da cidade na tentativa de se reelegerem. Eles teriam utilizado a máquina administrativa do município para burlar e desequilibrar o processo eleitoral.
Na Ação de Investigação Judicial Eleitoral proposta pelo MPMG, a promotora de Justiça, Geannini Maelli, apurou ainda que a Prefeitura de Simonésia nomeou mais de 170 servidores públicos nos três meses que antecederam as eleições, período em que a contratação de pessoal é vedada pela legislação eleitoral. A exceção seria apenas em casos emergenciais, condição não comprovada pela Prefeitura.
Diante das irregularidades constatadas, a Justiça também multou a prefeita e o vice-prefeito em R$ 131.910,00 cada um.