Julgamento de acusado de tentar matar ex-mulher é suspenso

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Começou a ser realizado na manhã desta quinta-feira (6) o julgamento de Paulo Fernando Pêgo, acusado de ter tentado matar a ex-mulher, Eunice Messias de Souza, em abril de 2013, em Montes Claros (MG). A sessão foi suspensa porque um dos jurados percebeu, durante o depoimento da vítima, que é primo de uma ex-amante do réu. Um nova data foi marcada; dia 20 de março.

Na época em que o crime aconteceu, a vítima disse para a irmã, Elza Messias, que saiu da escola na qual trabalhava com uma colega e que a deixou em um local, próximo a BR-251. Neste momento, Paulo Pêgo saiu do porta-malas, onde estava escondido, e a agrediu.

Eunice foi ferida a facadas e foi socorridada pelos bombeiros, e o ex-marido fugiu com o veículo. Na BR-251, ele teria tentado jogar o carro contra uma carreta, mas o motorista conseguiu desviar e evitou o acidente. O acusado bateu em um meio fio e continuou fugindo a pé. No dia 18 do mesmo mês ele acabou sendo preso.

Elza Messias disse que o ex-cunhado não se conformava com o fim do relacionamento, em janeiro de 2013, e ameaçou Eunice e a família. Por conta disso, pelo menos três boletins de ocorrência foram registrados. A Justiça também tinha determinado, por meio de medida protetiva, que ele ficasse a no mínimo 300 metros de distância da vítima.

“Hoje é um dia de esperança e de desespero, porque a gente revive e vive o momento do crime. Queremos paz, sofremos ameaças que se perpetuaram por muito tempo. Sabemos de tudo que ele é capaz de fazer, por isso queremos que ele fique preso”, diz Elza Messias.

Estratégia da defesa

A advogada Aline Ellen Silva, responsável pela defesa de Paulo Pêgo, diz que seu cliente não teve a intenção de matar a ex-mulher. Que ela ficou ferida, mas não correu risco de morrer.

Além disso, a defesa quer também retirar as qualificadoras do crime, de motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Estratégia da acusação

O advogado de Eunice de Souza, Warlem Freire, contesta o argumento de que Paulo Fernando Pêgo não agiu com o objetivo de matar a mulher, com base nas lesões comprovados nos laudos.

Warlem Freira diz também que o acusado agiu de forma premeditada, já que atraiu a vítima para um local propício, estava armado e levava uma sacola com pertences, o que atestaria a intenção dele de fugir.

(G1)

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