Corpo de mulher é encontrado às margens do Rio Doce em Valadares

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Está identificada a mulher cujo corpo foi encontrado na tarde de quarta-feira, boiando às margens do Rio Doce, próximo à Açucareira, no bairro Universitário. Apesar de não apresentar sinais aparentes de violência, a causa da morte não teria sido afogamento.


(Foto: Tico Correria/CDP)

De acordo com o delegado de Homicídios, Gean Vitor Fanti, o nome da vítima é Camila Marçal, de 21 anos, moradora do município de Sobrália, a 62 km de Valadares. Ele conta que a Polícia Civil só tomou conhecimento do fato na tarde de quarta-feira. “A equipe do IML nos ligou e passou as características da pessoa encontrada no rio Doce, e a partir de então ficamos aguardando mais informações. No final da tarde, por volta das 18h40, o legista nos informou que conseguiram recuperar o chip da vítima, e entre os números encontrados havia um com o nome de seu pai”, disse o delegado.


(Foto: Arquivo Pessoal/Facebook)

A partir do chip do telefone, o Departamento de Homicídios entrou em contato com a família. “Expliquei o caso para J.A., que é pai de Camila, e ressaltei que dado o estado de putrefação do corpo o reconhecimento só poderia ser feito através de características peculiares. No caso dela, havia uma pulseira com seu nome. Passamos as características para o pai, com a data de nascimento que constava na pulseira e algumas tatuagens, e ele disse que se tratava de sua filha”, explicou Fanti.

Pelo que consta, Camila Marçal não tinha atritos nem inimigos. Por isso, o delegado afirma que esse é um caso em que precisa da ajuda de pessoas que possam ter visto a jovem, de 1,65m de altura, que estava de bermuda jeans, blusa listada de preto e tênis rosa. “Fazemos um apelo para que caso alguém tenha alguma informação e tenha visto algo, ou tenha até estado com ela no domingo, que entre em contato conosco através do 181, ou nos procure na Delegacia de Homicídios, pois precisamos do máximo de informações que possam nos ajudar nas investigações. A incógnita é que nas nossas apurações Camila não morreu afogada, e isso deixa o caso ainda mais estranho”, revelou o delegado.

Segundo o inquérito, Camila Marçal teria saído de casa na tarde de sexta-feira para trabalhar na cidade de Sobrália, e voltou à noite. Então ela se arrumou e disse à família que iria a uma festa na vizinha cidade de São João do Oriente, onde tinha parentes. “Desde então Camila não voltou mais para casa. Ela foi vista por amigos nessa festa, e de lá não foi vista mais. Ainda consta que ela estaria vindo para Valadares e daqui iria para o Rio de Janeiro tentar o visto para ir para os Estados Unidos”, destacou o delegado de Homicídios, afirmando que devido ao hábito da vítima de dormir fora de casa nos fins de semana a família só sentiu sua falta na segunda-feira (24). “A família ficou sabendo que ela não voltou para trabalhar. Eles começaram a ficar preocupados e procuraram a Polícia Militar para fazer a ocorrência de desaparecimento”, salientou.

A informação preliminar é que não havia nenhuma lesão no corpo de Camila. Segundo o delegado, ela teria sido vista nas proximidades da Rodoviária de Valadares na noite de domingo, e em tese iria embarcar para o Rio de Janeiro. Fanti afirma que todas as hipóteses estão sendo consideradas. “Como ainda não temos a causa da morte, se foi natural ou se foi um homicídio de fato, fica em aberto o leque de hipóteses para investigação. Pode ter sido um homicídio, um suicídio ou ainda um roubo seguido de morte, mas as chances são poucas, pois ela estava com a pulseira de ouro e as roupas normais. Por isso digo que está um pouco nebuloso, e precisamos da causa da morte. Ainda vamos pedir novos exames em Belo Horizonte para conseguirmos determinar o que causou a morte dela”, concluiu Vitor Fanti.

(Diário do Rio Doce)

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