Envolvidos em desvio milionário nos cofres públicos de Capelinha deverão ser presos pela Polícia Federal

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Uma comissão formada por vereadores de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, esteve nesta terça-feira, 25 de fevereiro, na Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros em busca de informações sobre as investigações iniciadas com a Operação Violência Invisível deflagrada no ano de 2013. A PF investiga um rombo nos cofres públicos da cidade que pode chegar a 10 milhões de reais.

Os vereadores Luciano Macêdo, Jailson Pereira, Tadeu Filipe e Gedalvo Fernandes foram recebidos pelo Dr. Marcelo Eduardo Freitas, Delegado Chefe da Polícia Federal e responsável pelas investigações que envolvem o município de Capelinha.

Questionado sobre se o município de Capelinha teria sido enganado pela empresa Digicorp, o delegado foi bem claro: “De maneira alguma. Em todo o esquema fica comprovado que em Capelinha não tem santinhos. Sabiam da fraude e os fatos são comprovados por erros como, por exemplo, se esqueceram de substituir em vários documentos apreendidos pela PF o nome do município de Montes Claros por Capelinha. Isso prova que a documentação de licitação foi adquirida pelo município já a mesma não constava na rede mundial de computadores”.

O Dr. Marcelo apresentou amplos relatórios mostrando a participação de cada funcionário e das administrações passada e atual. Segundo o delegado o inquérito já está na Justiça Federal em Teófilo Otoni e voltará para a Polícia Federal nos próximos dias, ocasião em que será feito o fechamento e que o mesmo acredita que várias prisões de envolvidos devem ocorrer em breve.

Segundo o Dr. Marcelo várias pessoas foram presas e permanecem presas, citando o exemplo do ex-prefeito de Pirapora Warmillon Fonseca Braga, os donos da Digicorp e salientou ainda que o ex-prefeito de Montes Claros Tadeu Leite continua foragido nos Estados Unidos. O Dr. Marcelo informou que as prisões realizadas em algumas cidades no início da operação foi apenas uma prioridade que foi dada aos envolvidos que continuavam disseminando o esquema criminoso oferecendo maior risco dos prejuízos ao erário continuarem.

Ainda de acordo com informações do delegado, o montante de 4 milhões de reais desviados, com a correção e multas, aproxima-se de 10 milhões.

Todas as informações e documentos serão apresentados pelos vereadores na reunião da Câmara no dia 17 de março às 19 horas.

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