Polícia Civil identifica novos suspeitos de envolvimento em explosão de bancos nas regiões Norte e Nordeste de Minas

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou ao Ministério Público Federal (MPF) um relatório com a identificação de mais quatro suspeitos de integrar uma organização criminosa que atuava no arrombamento de agências bancárias e postais, mediante explosão, em Medina e Comercinho, no Vale do Jequitinhonha, e outros municípios do Norte e do Nordeste mineiro. Segundo apurado, o grupo teria sido responsável por mais de uma dezena de ataques na região, entre dezembro de 2015 e março de 2017.

Parte da organização criminosa, originária do Sudoeste da Bahia, havia sido identificada e monitorada pela PCMG durante meses de investigação, resultando na operação Norte Seguro, deflagrada em setembro de 2017, por meio da Delegacia de Polícia Civil em Medina e do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), com sede em Belo Horizonte. Restava chegar a outros quatro suspeitos, que foram qualificados pela equipe da Polícia Civil em Medina.

De acordo com o delegado Thiago Carvalho, o procedimento acerca da identificação foi concluído na última sexta-feira (5/11) e encaminhado ao MPF, titular da ação penal, com mais elementos de prova, para que haja a responsabilização dos investigados pelos crimes cometidos por eles. “Entre os novos identificados, um é apontado como um dos maiores ladrões de bancos na Bahia, e outro responde por extorsão mediante sequestro (“sapatinho”) e já foi preso por homicídio naquele estado”, detalha.

Prisões

Ao todo, 16 pessoas foram investigadas pela Polícia Civil mineira, sendo 12 integrantes do grupo criminoso e mais quatro envolvidos. Entre os membros da organização, cinco foram presos – três na operação Norte Seguro, em cumprimento a mandados expedidos pelo Juízo da Comarca de Medina, após representação da PCMG e manifestação favorável do Ministério Público; e dois por forças de segurança de outros estados, esses últimos, inclusive, estão entre os quatro identificados recentemente.

Outros seis suspeitos morreram em confrontos com forças policiais baianas, entre 2017 e 2021, em decorrência da prática de crimes dessa natureza em cidades como Boa Nova, Sobradinho e Correntina, todas na Bahia. Entre eles, um homem foi apontado nas investigações da Polícia Civil como o principal líder da organização criminosa e possuía mandado de prisão preventiva representado pela PCMG, além de dois suspeitos de também ocuparem posição de liderança no grupo e um dos recém-identificados.

Os quatro demais envolvidos foram presos na Norte Seguro, realizada nos estados da Bahia e São Paulo. Até o momento, apenas um dos suspeitos, dos últimos qualificados pela PCMG, ainda não foi detido.

Atuação do grupo

Os crimes ocorriam na madrugada, com número expressivo de participantes e utilização de armas de grosso calibre, em cidades pequenas. “Os criminosos efetuavam inúmeros disparos para amedrontar a população e demonstrar seu potencial lesivo, inclusive contra as frações das forças de segurança locais, bem como civis e qualquer veículo que se aproximasse durante a ação, a fim de frustrar tentativas de repressão imediata”, descreve o delegado Thiago Carvalho.

As investigações demonstraram que a atuação da organização criminosa em Minas Gerais começou em dezembro de 2015, quando houve o arrombamento, por meio de explosivos, do cofre central de uma agência bancária em Comercinho, e se estendeu até março de 2017, com a explosão de caixas eletrônicos de outras três agências bancárias em Medina. No total, foram apurados, no período, 16 ataques em 14 municípios dessa região.

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