A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, na terça-feira (28/9/2021), mandado de prisão preventiva de um homem, 47 anos, suspeito de cometer crime de estupro de vulnerável em Taiobeiras.
A investigação teve início com o objetivo de apurar crime de descumprimento de medida protetiva de urgência pelo suspeito. Ele agrediu e ameaçou de morte a ex-companheira, madrasta da vítima.
No dia 25 de dezembro do ano passado, o investigado esmagou o dedo da mulher, de 35 anos, que deu entrada no hospital com grave ferimento na mão e hematomas no pescoço e perna.
Um mandado de prisão foi requerido à época pela Polícia Civil. O suspeito permaneceu foragido até o dia 16 de junho deste ano, quando foi localizado e preso em um matagal. No local havia bebida, um cobertor e um colchão.
Com a prisão do pai, a vítima passou a morar com a mãe biológica, que começou a desconfiar de que a menina pudesse estar grávida. Contudo, a jovem não se sentia confortável para falar sobre o caso.
Descoberta do abuso
A mãe da adolescente relatou que antes do suspeito ser preso, levou a menina para se encontrar com o pai, a pedido dele.
Os encontros ocorriam em locais ermos e de matagal porque ele estava com mandado de prisão em aberto.
A mulher disse que passou a desconfiar da relação deles, pois quando os dois conversavam era tudo em segredo e a jovem apagava as mensagens. A mãe relatou, ainda, que questionou o suspeito e que ele a ameaçou e pediu para não se envolver.
No decorrer dos trabalhos, a equipe policial conseguiu reunir indícios que, além do crime previsto na Lei Maria da Penha em desfavor da ex-companheira, o investigado havia estuprado a própria filha, que está grávida.
O delegado Alessandro da Silva Lopes esclarece que “diante da gravidade dos fatos foi requerido um novo mandado de prisão para o suspeito, pelo crime de estupro de vulnerável praticado em desfavor da filha”, pontuou.
O delegado acrescenta que acionou toda rede estatal de proteção social para acompanhar o caso e assegurar a integridade física da vítima, oportunizando acompanhamento médico e psicossocial. “A Polícia Civil, além de exercer a sua função institucional, se preocupa em amparar as vítimas de violência”, explicou.
O suspeito permanece no Sistema Prisional à disposição da Justiça.
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