Um homem de 31 anos foi preso suspeito de integrar organização criminosa especializada em golpes de aquisição fraudulenta de gado, que geraram prejuízo milionário a vítimas em Minas Gerais, Paraná e São Paulo. A ação foi deflagrada pela Polícia Civil mineira (PCMG), na sexta-feira e no sábado (26 e 27/3), a partir do cumprimento de três mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.
Na sexta-feira, um caminhão que transportava 23 cabeças de gado da raça Nelore foi apreendido pelas equipes em Ituiutaba, e os animais, restituídos à vítima. O motorista do veículo, de 45 anos, foi ouvido e liberado. Já no sábado, os policiais se dirigiram até Batatais (SP), onde cumpriram o mandado de prisão do investigado de 31 anos.
“Equipes da PCMG em Itambacuri e de Crimes Contra o Patrimônio, em Governador Valadares, passaram três dias monitorando os suspeitos no Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Para tanto, foi criada uma central estratégica que contou com a participação de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil de São Paulo (PCSP)”, informou a PCMG em nota divulgada na tarde deste domingo (28).
Investigações
A PCMG apurou que os suspeitos identificam vítimas pecuaristas, com as quais realizam contrato de compra e venda de bovinos. Para tanto, o grupo elabora contratos falsos com cláusulas de parcelamento dos valores das compras, pagando 10% de entrada e não quitam as demais parcelas.
“Os suspeitos falsificaram documentos de identidade, carimbos de cartórios e animavam as vítimas com a entrega de valores em espécie, como falsa impressão na certeza do negócio. Mais tarde, as vítimas descobriam a fraude, quando do vencimento da próxima fatura”, explicou o delegado em Itambacuri, Eduardo Gil.
O delegado de Crimes Contra o Patrimônio em Governador Valadares, Cleriston Lopes de Amorim, destaca o impacto da fraude para as vítimas. “Os golpes aplicados em diversas vítimas identificadas no país resultaram num desfalque financeiro e patrimonial estimado em mais de R$1 milhão, até o momento”.
“As investigações continuam para identificação e prisão de todos os integrantes da associação criminosa”, finalizou a PCMG.
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