Navegação entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) é retomada

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O sistema de transposição da Eclusa de Sobradinho voltou a funcionar na última quinta-feira (25), permitindo a retomada da navegação no trecho do Rio São Francisco que liga as cidades de Pirapora (MG) a Juazeiro (BA), distantes cerca de 1.371 quilômetros.

Apesar da importância econômica e social da eclusa – que, além de permitir às embarcações superarem um desnível de 32,5 metros, tornou-se um importante atrativo turístico da região –, a transposição estava inoperante desde o fim de 2018.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) atestou no começo de 2020, parte dos componentes hidráulicos, elétricos e mecânicos, além da própria estrutura física, tinham se desgastado ao longo de 38 anos de operações – a eclusa foi inaugurada em 1980.

Ainda segundo o departamento, todo o sistema passou por um amplo processo de revisão e manutenção, que incluiu as comportas de enchimento e esvaziamento, sistema da iluminação, poços de drenagem e esgotamento, portas da eclusa, guindaste e ponte basculante, subestação elétrica, além do circuito fechado de televisão e da estrutura de 120 metros de comprimento, 17 metros de largura e 2,5 metros de profundidade.

O “elevador de embarcações”, conforme se referiu ao sistema o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, é fundamental para que as embarcações que navegam por este trecho do Rio São Francisco transponham o desnível equivalente a um prédio de dez andares junto à barragem da Usina Hidrelétrica de Sobradinho.

Durante a chamada “operação de eclusagem”, realizada na última quinta-feira e divulgada sexta-feira (26), foram utilizadas duas embarcações da Marinha e, posteriormente, uma barcaça turística que opera na região.

Conforme destacado pelo Dnit, a hidrovia do São Francisco é considerada a mais econômica via de interligação entre o as regiões centro-sul e o Nordeste do Brasil. Ela se estende pelos rios São Francisco, Paracatu, Grande e Corrente, totalizando 2.354 km de extensão. Além de integrar uma importante cadeia multimodal de exportação de produtos agrícolas, ainda permite o transporte hidroviários de passageiros e atividades turísticas.

Vídeo

Como funciona uma eclusa?

As eclusas são obras de engenharia que permitem que as embarcações subam ou desçam rios em locais onde há desníveis (barragens, quedas de água ou corredeiras). O sistema funciona como elevadores para embarcações onde duas portas separam os dois níveis do curso d’água.

Para vencer o desnível, no sentido jusante (parte baixa) para montante (parte alta), a embarcação entra pela porta de jusante da eclusa.

Uma vez no interior da câmara, a porta e a comporta da parte baixa são fechadas e a comporta da parte alta é aberta, permitindo, então, que a câmara de eclusagem comece a encher e elevar a embarcação até o ponto de equalização com o nível d’água a montante.

Uma vez equalizados os níveis, a porta de montante é aberta e a embarcação segue o seu curso normalmente.

No sentido inverso de navegação, ou seja da parte alta para parte baixa, a operação das portas e comportas da eclusa são invertidas, permitindo à embarcação descer o desnível.

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