O estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí e Tocantins têm regiões em que o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tende a aumentar, segundo estimativa do Boletim Infogripe, divulgado ontem (21/8) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Pela primeira vez o boletim informa as tendências na curva de casos, apontando locais em que há possibilidade alta – maior que 95% – ou moderada – maior que 75% – de aumento ou queda no número de casos.
Uma análise dos dados das últimas seis semanas permitiu que os pesquisadores identificassem uma possibilidade alta de crescimento (mais de 95%) nos casos de SRAG no semiárido do Piauí, e nas macrorregiões do Leste do Sul e no Jequitinhonha, em Minas Gerais. Já no noroeste e no oeste do Paraná, no norte de Tocantins e na macrorregião de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, a tendência de alta é moderada, com mais de 75% de chances.
Nas demais regiões do país, há tendência de estabilização ou queda, segundo o boletim. O município do Rio de Janeiro manteve um sinal de estabilização após um leve aumento em semanas anteriores, cenário que sugere cautela para novas medidas de flexibilização, segundo a Fiocruz.
O Infogripe divulgado ontem (21) é referente aos dados que foram inseridos no Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 16 de agosto e compõem a Semana Epidemiológica 33, período que vai de 9 a 15 de agosto. Os casos notificados de SRAG apresentam tendência de queda, entretanto, todas as regiões do país continuam na chamada zona de risco, quando a ocorrência dos casos está acima do patamar de atividade muito alta.
A expectativa, segundo o boletim, é que o número de casos de SRAG na Semana 33 possa chegar a 99,4 mil. Entre os pacientes em que a ação viral é confirmada, 99,2% dos casos são da covid-19; 0,2%, de Influenza A; 0,1%, de Influenza B; e 0,1% de vírus sincicial respiratório (VSR).
O total de registros de óbitos no Sivep-Gripe, independente de sintomas, é de 151.890, com estimativa atual de 162.526.
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