Oitenta quilômetros do Rio São Francisco e de seus afluentes no Norte de Minas, compreendidos entre os municípios de Matias Cardoso e Manga, próximos à fronteira com a Bahia, foram percorridos por equipes do Governo de Minas neste mês de maio. O trabalho, que faz parte da Operação Fronteira, visa combater a pesca predatória e ilegal no curso d’água, um dos mais importantes do país.
A fiscalização, entre os dias 4 e 7/5, reuniu equipes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMAmb). A ação foi realizada também em lagoas localizadas em parques estaduais da região. Foram apreendidas 56 redes de emalhar sem identificação ou em desacordo com as especificações legais, quatro tarrafas, quatro pindas e dois espinheis de aço, com 40 metros cada.
A Operação Fronteira promoveu ações nos três principais parques estaduais que integram a Bacia do Rio São Francisco na região Norte do estado: Mata Seca, Lagoa do Cajueiro e Verde Grande. Fiscais da Subsecretaria de Fiscalização da Semad atuaram junto a guardas-parques das unidades de conservação inspecionadas e representantes da PMMAmb, mobilizando efetivo que contou com cinco veículo de tração 4×4, duas motos e quatro embarcações utilizadas durante os dias de operação.
Segundo o fiscal da Semad Marcelo Coutinho foram abordados 17 pescadores amadores e sete profissionais durante a operação, e todos eles foram orientados com relação às normas legais para realização de atividade de pesca sustentável na região.
Coutinho destaca, ainda, que durante as ações foram ouvidos diversos relatos de pescadores elogiando as atividades de fiscalização promovidas pelo poder público na localidade. De acordo com o fiscal, eles disseram que somente dessa forma os pescadores ilegais que utilizam estruturas predatórias de pesca serão impedidos, favorecendo a pesca profissional realizada de forma legal e garantindo acesso de todos ao pescado da bacia.
Para o subsecretário de Fiscalização da Semad, Cézar Fonseca, o saldo da Operação Fronteira é bastante positivo e a estratégia deve ser replicada em outras regiões mineiras. “O combate à exploração predatória dos estoques de pescados nas bacias hidrográficas mineiras garante a sustentabilidade da atividade para pescadores que atuam em conformidade com as normas ambientais. Neste sentido, a Operação Fronteira revela o caráter essencial da atividade para combater ações clandestinas, realizadas de maneira oportuna, neste momento de isolamento social”, ressalta Fonseca.
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