A crise, ao mesmo tempo, é um período de desequilíbrio e uma oportunidade de crescimento. Assim, a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, está fazendo com que os profissionais da saúde se superem no atendimento de vítimas, ao mesmo tempo em que novas ferramentas são criadas. Nesse contexto, profissionais do Serviço Móvel de Urgência do Norte de Minas (Samu Macro Norte), em parceria com a organização da sociedade civil Ser(tão) Solidário, estão trabalhando em um protótipo de cápsula de isolamento para transporte de pacientes de coronavírus.
O equipamento consiste em uma estrutura que se acopla à maca e que é composta por uma espécie de grade de alumínio removível, revestida com plástico e dotada de um filtro e um exaustor bacteriológico com acessos para passagem dos cabos dos equipamentos e dutos para respiradores mecânicos. Desta forma, o paciente fica protegido ao mesmo tempo em que os profissionais do Samu têm menos contato com as secreções que poderiam contaminá-los.
O coordenador do Núcleo de Educação Permanente do Samu, Ubiratam Correia, explica que “o equipamento diminui a carga viral dentro da ambulância. Além disso, com os protocolos de biossegurança que já utilizamos, teremos um dispositivo a mais para assegurar nossa integridade e dar segurança para os nossos colaboradores”, observa o coordenador.
Por sua vez a engenheira biomédica e clínica, Erlane Sandra Mota que atua como voluntária no Ser(tão) Solidário revela que foi a partir de conversas com o coordenador do Núcleo de Educação Permanente do Samu que surgiu um primeiro protótipo de capsula. “Agora já temos um protótipo em tamanho real, tendo o primeiro ensaio sido realizado nesta terça-feira, 28/4, mas vários testes ainda serão realizados uma vez que procedimentos como intubação e ventilação mecânica, por exemplo, ainda deverão ser avaliados”, revela a engenheira.
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