Onça capturada em Ipatinga está saudável

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A onça-parda capturada no fim da tarde de quinta-feira (09/01/2020) na área urbana de Ipatinga, no Vale do Aço, foi levada para o Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus) e aparenta bom estado de saúde. De acordo com o médico veterinário Lélio Costa e Silva, o animal, que também é conhecido como suçuarana, tem aproximadamente um ano de idade.

“É um jovem adulto, sem ferimentos, aparentemente bem de saúde e sem sinais de domesticação”, destaca Lélio. Ainda segundo o veterinário, a onça está magra, um indício de que é um animal silvestre, que anda muito em busca de alimentos.

“Nesta época do ano, de muito calor e chuvas, as presas deste tipo de animal se escondem, fazendo com eles tenham que buscá-las em locais mais distantes. Com as constantes queimadas e desmatamentos, a onça chegou até a área urbana em busca de alimento”, enfatiza Lélio.

Foto: Divulgação / Usipa

Destino da onça

Onças jovens, normalmente, não têm genitálias aparentes. Por isso, não foi possível identificar se o animal capturado é macho ou fêmea. Para verificar isso, seria necessário sedá-lo. “Neste momento, nosso trabalho é desestressar o animal depois de tudo o que ele passou para, em breve, devolvê-lo à natureza. Sedá-lo para verificar o sexo do animal causaria ainda mais estresse”, relata Lélio.

De acordo com o médico veterinário, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) já prepara o local para soltura do animal. O local não será revelado à população para preservar a vida da onça.

O papel das onças na natureza

Onças são predadores naturais do topo da cadeia alimentar e, sem elas, nenhuma floresta sobreviveria. Segundo Lélio, o risco do aparecimento delas em áreas urbanas é maior para o próprio animal do que para o ser humano.

“Elas são essenciais para manutenção do equilíbrio deste tipo de ambiente. Animais de pequeno porte e herbívoros se reproduzem em números muito maiores do que as onças. Se houver superpopulação de herbívoros em florestas, a vegetação pode se tornar escassa e desaparecer. Sem vegetação, a água seca e até mesmo os herbívoros morrerão. Sem florestas e sem água, é impossível ter vida. As onças controlam essa superpopulação e equilibram o meio ambiente”, reforça.

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