O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) de 2020, realizado nos últimos dias, em Ipatinga (MG), sinaliza para a necessidade de atenção redobrada em relação à infestação por Aedes Aegypti. A apuração foi feita esta semana por Agentes de Combate a Endemias (ACE’s) da Prefeitura, que vistoriaram 4.215 domicílios.
A infestação larvária apurada na cidade é de 5,3%, ou seja, a cada 100 casas, lotes vagos e prédios públicos vistoriados pelos agentes, em cinco foram encontrados focos do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya. O agravamento da situação está relacionado especialmente com a ocorrência de chuvas, condição mais favorável ao acúmulo de água em ambientes propícios à proliferação dos mosquitos. Apesar do índice alto, as doenças por arboviroses no município estão sob controle.
Em relação à última sondagem, realizada em outubro do ano passado, o município registrou um aumento de 2,9%. Conforme o Ministério da Saúde, o índice é considerado de alerta quando está entre 1% e 3,9%. A situação de risco para uma epidemia ocorre quando o número é igual ou superior a 4%, e o índice satisfatório é abaixo de 1%. Os números mais preocupantes foram apurados nos bairros Bom Jardim, Ferroviários, Horto e região industrial. A partir da próxima semana a Secretaria Municipal de Saúde já prepara ações de controle e prevenção nos locais onde apresentaram índices altos.
Situação por área
Segundo a análise feita pelos técnicos do Centro de Controle de Zoonoses de Ipatinga, os indicadores estão acima do limite máximo recomendado pelas autoridades de saúde em diversas regiões da cidade. A vistoria revelou os seguintes índices de infestação:
- Imbaúbas, Bom Retiro, Bela Vista, Das Águas, Cariru, Castelo, Vila Ipanema, Centro, Novo Cruzeiro, Parque Ipanema – 4,1%
- Veneza – 4,3%
- Caravelas, Jardim Panorama – 5,3%
- Cidade Nobre, Iguaçu – 3,1%
- Esperança, Ideal – 7%
- Bom Jardim, Ferroviários, Horto, região industrial – 10,6%
- Vila Celeste – 3,5%
- Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Chácaras Oliveira, Barra Alegre – 6,2%
- Canaã – 3,6%
- Granjas Vagalume, Bethânia – 4,2%
Foco do mosquito
Durante a apuração, foi observado que os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti são vasos/frascos, pratos e bebedouros de animais (34,2%), seguidos de depósitos de água como barris, tambores, tanques e poços (22,2,%). Muitos focos aparecem ainda em borracharias, nas calhas e lajes (19,2%).
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