Após estudos, o Governo de Minas identificou a região do Norte de Minas como produtora do mel de aroeira. O reconhecimento acontece por meio da publicação da Portaria nº 1.909, do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
Para reconhecer a identificação geográfica, o IMA considerou a área contínua com presença da aroeira, a condição climática favorável e a presença de arranjos produtivos de apicultura no Norte de Minas.
O mel de aroeira é um tipo de mel de abelha Apis mellifera muito característico do Norte de Minas. Ele leva este nome porque as abelhas retiram os recursos para a produção deste mel da planta Myracrodruon urundeuva, um tipo de aroeira, vegetação predominante em regiões de mata seca.
O estudo desenvolvido por pesquisadores da Fundação Ezequiel Dias (Funed) – Fabiana Ribeiro Viana, Luiz Simeão do Carmo e Esther Margarida Alves Ferreira Bastos – evidenciou o potencial do mel de aroeira produzido no Norte de Minas para uso terapêutico, contribuindo para a agregação de valor e comercialização.
“A Denominação de Origem, neste caso, é um grande diferencial porque há estudos científicos reconhecendo as características específicas do mel produzido nessa região e comprovando que este tipo de mel traz benefícios à saúde humana”, explica a fiscal agropecuária do IMA, Miriam Souza Pinto de Alvarenga.
Após o reconhecimento pelo Estado, o pedido de indicação geográfica vai ser enviado para avaliação do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Minas Gerais já tem a Denominação de Origem do café do cerrado, da cachaça de Salinas e dos queijos Canastra e do Serro.
Estudo da Funed comprovou o potencial terapêutico do mel de aroeira produzido no Norte de Minas – Foto: Divulgação/Codevasf
Economia local e preservação
A pesquisa também buscou indicar o potencial econômico da exploração comercial para beneficiar a região, já que a apicultura é uma importante fonte de recursos financeiros para as famílias locais. Além da valorização socioeconômica, o estudo ainda destaca o aspecto da preservação da vegetação, que passa a ser mais valorizada e cuidada para produzir o mel.
O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Funed, com recursos parciais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas (Fapemig). A pesquisa também contou com o apoio financeiro e logístico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Banco do Nordeste, da Codevasf e da Emater.
A região é composta por 65 municípios: Arinos, Bocaiuva, Bonito de Minas, Brasilândia de Minas, Brasília de Minas, Buritizeiro, Capitão Enéas, Chapada Gaúcha, Campo Azul, Catuti, Claro dos Poções, Cônego Marinho, Coração de Jesus, Engenheiro Navarro, Espinosa, Formoso, Francisco Sá, Gameleiras, Glaucilândia, Guaraciama, Ibiaí, Ibiracatú, Icaraí de Minas, Itacarambi, Jaíba, Janaúba, Januária, Japonvar, Jequitaí, Juramento, Juvenília, Lagoa dos Patos, Lontra, Luislândia, Manga, Mamonas, Matias Cardoso, Mato Verde, Mirabela, Miravânia, Montalvânia, Monte Azul, Montes Claros, Nova Porteirinha, Pai Pedro, Patis, Pedras de Maria da Cruz, Pintópolis, Ponto Chique, Porteirinha, Riachinho, Riacho dos Machados, Santa Fé de Minas, São Francisco, São João da Lagoa, São João da Ponte, São João das Missões, São João do Pacuí, São Romão, Serranópolis de Minas, Ubaí, Urucuia, Varzelândia e Verdelândia.
VER PRIMEIRO
Receba as notícias do Aconteceu no Vale em primeira mão. Clique em curtir no endereço www.facebook.com/aconteceunovale ou no box abaixo:
(Fonte: Agência Minas)