Debater a situação do vapor Benjamim Guimarães, única embarcação do tipo ainda em operação no mundo e que, apesar de ser tombado pelo patrimônio estadual, encontra-se em risco de deterioração. Esse é o objetivo de audiência pública que será realizada pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na próxima quarta-feira (17/4/19), a partir das 16 horas, no Auditório SE.
O requerimento é de autoria do presidente da comissão, deputado Bosco (Avante). De acordo com o parlamentar, o vapor ainda navega o Rio São Francisco, na região de Pirapora (Norte). Mas, apesar de tombada pelo patrimônio do Estado, a embarcação não tem recebido a manutenção adequada e providências precisam ser tomadas para evitar a deterioração deste bem público cultural histórico.
O vapor Benjamim Guimarães foi originalmente construído em 1913, nos Estados Unidos, pelo estaleiro James Rees & Com. O barco, de três pisos, navegou no Rio Mississipi e, posteriormente, em rios da Bacia Amazônica. Na segunda metade da década de 1920, a firma Júlio Guimarães adquiriu a embarcação e a montou no porto de Pirapora, rebatizando o navio em homenagem ao patriarca da família proprietária da firma. A partir de então, o vapor passou a realizar contínuas viagens ao longo do Rio São Francisco e em alguns dos seus afluentes.
O Benjamim Guimarães possui três pisos: no primeiro, encontra-se a casa de máquinas, caldeira, banheiros e uma área para abrigar passageiros. No segundo, estão instalados doze camarotes e, no terceiro, um bar e área coberta. Tem capacidade para 170 pessoas, entre tripulantes e passageiros, e consome um metro cúbico de lenha por hora.
De acordo com as normas de segurança da Marinha, nas atuais condições em que se encontra, o vapor está autorizado a navegar apenas na chamada área 1: rio, lago e correnteza que não tenham ondas ou ventos fortes.
Foto: Ivan Rodrigues/SEC-MG
Convidados – Foram chamados a participar da reunião o secretário da Secretaria de Estado de Cultura, Marcelo Landi Matte; a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Michele Abreu Arroyo; a promotora de Justiça e coordenadora das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Giselle Ribeiro de Oliveira; o vereador da Câmara Municipal de Pirapora, José Humberto Fulgêncio; e o engenheiro naval Odair Thadeu Sanguino.
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(Fonte: ALMG)