A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou na tarde dessa sexta-feira (05/04/2019) que exames realizados na mulher detida suspeita de abusar do neto de 6 anos, em Bocaiuva, no Norte de Minas, foram negativos para HPV (Papilomavírus Humano). A avó, de 61 anos, chegou a ser detida na quinta-feira (4), mas foi liberada após a realização de exames no Instituto Médico Legal (IML) e no Hospital Universitário, em Montes Claros.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Leonardo Diniz, a investigação já descobriu que um parente, de 30 anos, possui a doença e já jaz tratamento.
“A suspeita sob a avó está descartada. Os resultados dos exames saíram nesta sexta-feira e apontam que ela não tem o HPV. Por outro lado, outro familiar tem o HPV. Inclusive, [este familiar] foi ouvido formalmente nesta quinta-feira e omitiu esta informação”, disse Diniz.
O delegado explica que outros familiares da vítima foram encaminhados para Montes Claros para fazerem o exame. “A certeza que temos é que a criança foi molestada. Ela também foi encaminhada para realizar exame de corpo de delito”.
Por telefone, o advogado da idosa, Ricardo Veloso, disse que sua cliente é inocente e que cuida do neto como se fosse mãe da criança, e que a família vai entrar com uma ação de danos morais contra o Estado.
Entenda o caso
A mulher de 61 anos foi presa após a mãe da criança denunciar o caso. Ela levou o filho ao hospital da cidade, onde foi constatado que o menino estava com o vírus HPV. A genitora afirmou, segundo o boletim de ocorrências da polícia, que percebeu o surgimento de verrugas no pênis e ânus do filho. As verrugas cresceram e, por isso, ela levou o filho até a unidade médica. Foi durante os exames que surgiu a suspeita de que o menino fosse vítima de abuso sexual.
No boletim consta ainda que a mãe conversou com o filho, que relatou que sua avó paterna tocou em suas partes íntimas quando ele esteve na casa dela, em uma fazenda na zona rural da cidade. A mãe afirmou ainda que há cerca de um ano percebeu que o filho demonstrou mudanças no comportamento, evitando que toquem em “sua região íntima”. A polícia não informou desde quando os abusos ocorriam com a criança.
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(Fonte: G1 Grande Minas)