O crime envolvendo o jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, brutalmente assassinado em São José dos Pinhais, no Paraná, pelo suspeito Edson Luiz Brittes Júnior, de 38 anos, pode ter sido motivado por vigança, conforme o próprio autor afirma. Ao confessar o crime nesta quinta-feira (1º) Brittes diz ter ouvido a mulher gritar por socorro num dos quartos da casa. Como a porta estava trancada, ele a teria arrombado e flagrado Daniel tentando estuprá-la.
E uma troca de mensagens entre o jogador morto e um amigo, pouco antes do assassinato, pode reforçar essa hipótese. De acordo com as mensagens enviadas por Whatsapp, Daniel disse que havia conhecido toda a família no aniversário de 18 anos da filha de Brittes, por isso teria sido convidado a continuar a comemoração na casa onde tudo começou. A conversa teria começado por volta das 8h10 de sábado, 27 de outubro.
Daniel: Posso dormir aqui. Tem várias mina (sic) dormindo espalhada kkkkkkkk é isso.
Amigo: Niver de uma mina (sic) que tem uma casa. Nessa casa eu entrosei na balada? Entendi nada, tá bebão, né kkkkkkkk.
Em seguida, Daniel enviou um áudio para o amigo, possivelmente tentando explicar o que estava acontecendo, e emendou:
Daniel: Saiu mudo?
Amigo: kkkkkkkk Saiu não. Como assim? As muie (sic) tão dormindo e ce (sic) quer ir lá acordar elas? Casa de quem?
Daniel: kkkkkkkkkkk ou comer a mãe da aniversariante.
Em seguida, o jogador envia ao amigo uma foto ao lado da mulher, que parece estar dormindo.
Amigo: kkkkkkkkk Vai fazer merda aí não, cara chegar aí e te encher de porrada.
Daniel: kkkkkkkk Comi ela kkkkkkk. Para em seguida enviar outra foto ao lada da mulher, que parecia continuar dormindo.
Amigo: Mentira kkkkkk. Acordou ela e comeu? Ou tomou dormindo?
Esta última mensagem foi enviada às 8h40, e depois Daniel não respondeu mais. O amigo ainda fez outra tentativa de entrar em contato com o jogador às 16h49, mas não houve mais resposta.
Além de Edson Brittes, a polícia procura por mais três suspeitos de terem participado do crime. De acordo com uma testemunha, os quatro espancaram Daniel na casa antes de levá-lo ao matagal perto da estrada rural na Colônia Mergulhão, onde foi executado com uma faca.
De acordo com o delegado Amadeu Trevisan, que comanda as investigações, ainda não há confirmação de estupro.
CONVERSA ENTRE DANIEL E UM AMIGO DELE:
Meia Daniel quando atuava pelo São Paulo (Foto: Marcello Zambrana/Agif)
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(Fonte: O Tempo)