A Polícia Civil de Montes Claros, cidade localizada na Região Norte de Minas, apresentou nesta terça-feira (02/10/2018) os dois autores confessos do assassinato do empresário Leônidas de Araújo Leão Júnior, de 54 anos, conhecido como Junior Parrela, dono de uma empresa de transportes na cidade. Abrãao Henrique Porto Peres, de 25, e Diego Ferreira Gonçalves, de 26, foram presos segunda-feira e, segundo a polícia, confirmaram que mataram a vítima para roubá-la. Ambos já tinham sido detidos anteriormente por outros crimes.
O empresário foi encontrado morto dentro do apartamento dele, na noite de domingo no Bairro Augusta Mota, área de classe média, no lado Sul da cidade. O corpo estava amordaçado e com os pés e mãos amarrados com camisas, de bruços, em cima de um tapete, na sala de estar do apartamento, trajando um short e sem camisa. Ele foi morto por enforcamento. A vítima estava desaparecida desde a noite de sábado. Segundo a polícia, os dois autores já foram ao apartamento com a intenção de cometer o latrocínio – matar para roubar.
De acordo com o delegado de Homicídios, Bruno Rezende, foram roubados de Junior Parrela um telefone celular, um relógio, uma jaqueta, nove bonés e duas mochilas, cujo valor total não chega a R$ 2 mil. Ao entrarem e saírem do apartamento, os dois autores foram filmados por câmeras do sistema de vigilância, o que contribuiu para que fossem identificados e presos em tempo rápido.
O delegado disse que o autor Abrãao Henrique confessou que já tinha ido ao apartamento da vítima pelo menos quatro vezes antes do dia crime. Segundo ele, Abrão Henrique disse que trabalhava em um lava-jato, onde Junior Parrela levava o carro dele.
Bruno Rezende informou que os dois rapazes disseram que tinham amizade com a vítima, que abriu voluntariamente o portão pelo interfone para que entrassem no apartamento sábado à noite. Por outro lado, negaram qualquer outro envolvimento com o empresário. “Ambos negam relacionamento amoroso com a vítima. Narram somente uma relação de amizade. Não nos cabe, até por questão de responsabilidade, fazer ilações em relação a este tipo de relacionamento, apesar de ter sido aventado extraoficialmente na investigação”, assegurou o delegado.
“Eles (os dois presos) não confirmaram isso em nenhum depoimento. Não houve ato sexual praticado por eles”, acrescentou Rezende. Segundo ele, a vítima já estava de short e sem camisa quando recebeu os dois rapazes no apartamento.
Ao roubarem pertencentes da vítima, Abrãao e Diego deixaram o local em uma moto do empresário. Porém, abandonaram o veículo a dois quarteirões do local e fugiram a pé. Durante a fuga, passaram próximo a sede de uma delegacia de polícia. Ainda segundo o delegado Bruno Rezende, os autores planejaram o crime de latrocínio. Abrão Henrique já tinha passagens policiais por roubo, agressão e lesão corporal enquanto Diego tinha passagens por ameaça, roubo e furto. Este último foi preso próximo à rodoviária de Montes Claros, quando se preparava para fugir para São Paulo.
Acusados de latrocínio em Montes Claros (Foto: Divulgação/PCMG)
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(Fonte: Estado de Minas)