Prefeitura de Ipatinga suspende programa Corujão da Saúde por falta de repasses do Estado

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A Prefeitura de Ipatinga suspendeu nessa segunda-feira (17/09/2018) o programa Corujão da Saúde. Segundo a administração municipal, a medida foi tomada porque o governo do estado deixou de repassar R$ 45 milhões para a área de saúde no município.

Ainda de acordo com a Prefeitura, desde que foi criado, há pouco mais de um ano, o Corujão da Saúde era custeado com recursos próprios do município. Mas as dívidas provocadas pelo atraso nos repasses estaduais comprometem o orçamento da área, que está sendo direcionada para a urgência e emergência.

Atendimento

O Corujão das Saúde oferecia atendimentos em horário estendido, das 16h às 22h, nas Unidades Básicas dos Bairros Caravelas, Bom Jardim, Bethânia, Veneza e Cidade Nobre. O acolhimento dispensava a necessidade de agendamento para pacientes em situação de não urgência. De março a junho deste ano, em meio ao alto índice de casos de arboviroses, o programa chegou à média de 100 atendimentos diários.

Para minimizar os impactos da suspensão, a Prefeitura de Ipatinga anunciou que as equipes das Unidades Básicas de Saúde foram reforçadas com a contratação de mais de 60 profissionais para dar conta da demanda da população. O atendimento na UPA continua sendo destinado apenas casos de urgência e emergência.

Corujão da Saúde atendia em horário estendido em Ipatinga, programa está suspenso por falta de repasses do governo estadual — Foto: Prefeitura de Ipatinga/Divulgação

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) disse que o Programa Corujão da Saúde é custeado pelo próprio município. “Os repasses financeiros da Superintendência de Redes de Atenção à Saúde são destinados a programas específicos, tais como: Pro-Hosp, Rede Resposta, UPA, SAMU, Rede Cegonha, Programa de Intervenção Precoce Avançado para deficiência intelectual, sendo que esses recurso não podem ser destinados ao pagamento de outros programas, como o Corujão”, informou a nota.

Sobre os pagamentos pendentes, a nota diz que o Governo de Minas Gerais decretou situação de calamidade financeira. “O Estado de Minas Gerais enfrenta um crescente déficit financeiro decorrente do aumento de despesas pela insuficiência de receita, refletindo em todos os seus órgãos, bem como na SES/MG. Estamos nos esforçando para honrar os compromissos pactuados, manter nossas ações e dar os melhores encaminhamentos possíveis, ante o contexto supracitado”.

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(Fonte: G1 Vales)

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