Municípios do Norte de Minas Gerais e Vale do Jequitinhonha desenvolvem ações para a preservação da água

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Os períodos de estiagem no Norte de Minas Gerais e Vale do Jequitinhonha são constantes e geram consequências no desenvolvimento da agropecuária. Por exemplo, prejudicam a pastagem e o rebanho bovino. Para amenizar esses e outros problemas, nos municípios de Porteirinha, Araçuaí e Brasília de Minas, estão sendo construídas bacias de captação de águas de enxurradas. A iniciativa é uma parceria entre Emater-MG, Fundação Banco do Brasil e prefeituras.

As bacias de captação têm a finalidade de conter processos erosivos e promover o abastecimento do lençol freático, por meio da infiltração das águas captadas. O volume de água armazenado ainda pode ser utilizado na produção de alimentos, como hortaliças, diminuindo gastos para os produtores. Além disso, as obras são importantes na preservação das estradas rurais.

A ação faz parte de um plano de recuperação das bacias hidrográficas do Córrego do Fumaça (Porteirinha), Córrego da Velha (Araçuaí) e Rio Paracatu (Brasília de Minas). As obras tiveram início em 2017. Em Porteirinha, foram construídas 225 bacias de captação de águas de chuva. Em Araçuaí, o número chega a 66, além da construção de quase um quilômetro de terraços e da adequação de estradas rurais. Já em Brasília de Minas houve a construção de 150 bacias, 24 quilômetros de terraços e também a adequação de estradas. De acordo com a Emater-MG, a previsão é que sejam feitas mais 600 bacias de captação nos municípios.

Até o momento, foram investidos aproximadamente R$ 34 mil. Os recursos são da Fundação Banco do Brasil. Esse dinheiro é utilizado para o abastecimento das máquinas utilizadas na construção das bacias de captação, que foram disponibilizadas pelas prefeituras.

“Essas obras são muito importantes no sentido de implementar na rotina municipal um cuidado com a conservação do solo, água e adequação das estradas rurais”, diz o coordenador regional da Emater-MG, José Dias Godrim.

A Emater-MG ficou responsável pela elaboração do projeto técnico para a realização das ações. A empresa, prefeituras e comunidades locais definiram os locais dos serviços. Para desenvolver a ação, a Emater-MG utilizou a metodologia de Zoneamento Ambiental e Produtivo (ZAP), que possibilita a caracterização socioeconômica e ambiental das bacias hidrográficas.

“Esta metodologia possibilita uma visão mais macro de toda a bacia hidrográfica, além de possibilitar a participação da comunidade. Ela traz informações muito importantes, que leva muitas vezes a própria população da bacia estudada a refletir sobre determinados aspectos, antes despercebidos”, afirma Godrim.

Bacia de captação de águas de chuva (Foto: Divulgação/Emater-MG)

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(Fonte: Agência Minas)

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