A Polícia Civil indiciou quatro policiais militares por abuso de autoridade e lesão corporal grave contra um tenente do Exército Brasileiro. O caso foi em uma loja de conveniência na Avenida Deputado Plínio Ribeiro, no início de dezembro de 2017. Na época, os policiais registraram o boletim de ocorrência por desobediência do tenente; ele foi detido e encaminhado à delegacia. O inquérito foi finalizado na terça-feira (27/03/2018) e será enviado ao Ministério Público.
Segundo a advogada Elaine Xavier Carpeggianni, na delegacia, o tenente assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). “Ele foi a uma audiência para tratar sobre o TCO. O Ministério Público percebeu que em vez de autor, meu cliente era a vítima daquele caso. O processo contra ele foi arquivado”.
A advogada afirma ainda que devido às agressões, o tenente precisou passar por cirurgias plásticas para reconstruir os ossos nasais. “Hoje ele passou por nova avaliação e foi constatada a necessidade de nova cirurgia, pois ele ainda tem um desvio no nariz. Este procedimento deve ser realizado apenas no mês de junho”.
Em nota, a 11ª RPM informou não ter tomado conhecimento do procedimento instaurado e, consequentemente de indiciamento dos militares. “Ratifica-se que, a instauração do procedimento investigatório, no âmbito da Polícia Militar, foi realizada quando da ocorrência dos fatos e se encontra em trâmite”.
Tenente do Exército precisou passar por cirurgia (Foto: Divulgação)
Entenda o caso
O tenente foi detido no dia 1º de dezembro de 2017 após uma abordagem policial. Os militares afirmaram que o agente do Exército não se identificou e se negou a ser revistado. Eles disseram ainda que deram voz de prisão ao tenente, mas o oficial teria se ofendido e em seguida agredido um policial.
Levado à delegacia, o tenente foi ouvido e liberado. A advogada do tenente afirmou que o boletim de ocorrência feito pela Polícia Militar foi totalmente “tendencioso com o intuito de disfarçar uma abordagem truculenta dos militares. Eles colocaram apenas a versão deles; nem as outras testemunhas que estavam com meu cliente foram relacionadas no boletim”.
Naquele mesmo mês, a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar possíveis abusos dos militares.
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(Fonte: G1 Grande Minas)