Universidade do Jequitinhonha virou canteiro de obras paradas

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Criado em 2005, o campus JK da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFJVM), na BR-367, altura do bairro Alto da Jacuba, em Diamantina, transformou-se em um verdadeiro canteiro de obras paradas.

Com as edificações inacabadas, como o prédio de odontologia (R$ 7,3 milhões), previsto para ser concluído em maio de 2012, estudantes estão sem estrutura adequada para as aulas e a prática em laboratório.

O imóvel da odontologia e o restaurante universitário são os casos mais graves. “Dizem que o prédio da odontologia foi construído em solo arenito e pode desabar”, diz uma funcionária que pediu para não ser identificada. Faltam acabamento, pintura e instalações elétrica e hidráulica.

Já a obra do restaurante universitário parou na fase de vigas. Parte da estrutura está escorada por madeira, em pleno processo de deterioração.

As obras dos pavilhões de salas de aulas I e II (R$ 9,4 milhões) e da nova biblioteca caminham a passos lentos.

Pelo cronograma, o primeiro deveria ficar pronto em maio último. “Enquanto temos a previsão de estudar em uma biblioteca ampla, temos de nos contentar com a estrutura atual, bem precária”, conta uma estudante de zootecnia.

A cinco quilômetros do campus JK, no trevo do Biribiri, as obras das moradias estudantis, orçadas em quase R$ 15 milhões, incluem um restaurante e uma biblioteca. As intervenções, no entanto, estão paralisadas desde janeiro. Dos dois conjuntos de apartamentos, apenas um ficou pronto. O residencial abrigaria gratuitamente mil universitários carentes.

É o caso de Paulo Duarte, do 7º período de engenharia florestal, de Bambuí, no Centro-Oeste. Ele paga R$ 250, por mês, para morar em uma república em Diamantina. Apesar de ter o bolsa-alimentação, que garante pelo menos o almoço, Paulo afirma que vários colegas estão passando por dificuldades.

“O reitor tem suas prioridades. O prédio do Núcleo de Geociências, onde ele deverá trabalhar, está quase pronto, mas o restaurante universitário, as moradias e a nova biblioteca ninguém sabe quando serão concluídos”, diz Paulo.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) planeja criar uma comissão para fiscalizar o andamento das obras.

 

 

O que diz o reitor Pedro Angelo Almeida Abreu

Faculdade de Odontologia: “O solo, de quartzito, é adequado para a obra, que não foi concluída no prazo estabelecido. Uma nova licitação foi aberta, e o vencedor será conhecido neste mês.”

Restaurante: “A empresa que executava as obras faliu e abandonou o projeto. Foram feitas alterações no desenho da obra, e uma nova empresa terá de ser escolhida para executá-las. Não há data para abertura da nova licitação.”

Pavilhões 1 e 2: “O projeto estrutural ficou errado e, após os ajustes, a empresa contratada para executar a obra não quis continuar. Nova escolha será feita neste mês e as obras começam em janeiro.”

Moradias universitárias: “A empresa é a mesma que faria o restaurante (faliu). Uma outra foi escolhida, mas, em janeiro, abandonou a obra. Outro edital ficará pronto em dezembro.”

Núcleo de Geociências (quase pronto): “Não estou sendo privilegiado. Vou dar aula junto com outros nove professores.”

Fonte: HD

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