Palma forrageira é alternativa para alimentar o rebanho bovino no período de seca

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Pecuaristas de São João do Paraíso, no Território Norte, estão utilizando a palma forrageira na alimentação complementar do gado. A planta tem sido uma alternativa durante a seca, diminuindo os prejuízos.

Os longos períodos de estiagem no Norte do estado são um problema constante para os pecuaristas. A falta de chuva reduz o volume de água e das pastagens disponíveis ao rebanho bovino. Resultado: perda de peso dos animais e diminuição na produção leiteira.

Para driblar esse problema, os pecuaristas estão utilizando a palma forrageira para alimentar os animais. A planta é resistente aos períodos de seca e considerada excelente para o rebanho.

Um dos principais incentivos para a utilização da palma forrageira veio da Emater-MG. A empresa também presta assistência técnica aos produtores. Hoje são 100 pecuaristas do município utilizando a planta na alimentação do rebanho.

“O trabalho visa incentivar a implantação do cultivo da palma forrageira no município, oferecendo ao produtor uma opção a mais de alimento para os seus rebanhos, e colaborar para que a pecuária seja desenvolvida dentro de um sistema sustentável”, diz o agrônomo da Emater-MG, Osvaldo Eleutério de Sousa.

A palma forrageira é cortada em fatias e depois fornecida separadamente ao rebanho. “Os agricultores familiares estão utilizando a palma também como uma alternativa de alimentação para as pequenas criações de suínos e galinhas caipiras”, ressalta Osvaldo Eleutério de Sousa.

A palma é cortada em fatias e depois fornecida separadamente ao rebanho (Divulgação/Emater)

Incentivo

No ano passado, 44 produtores foram beneficiados com recursos do Plano Brasil Sem Miséria, da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, para o plantio de palma forrageira. Cada um recebeu R$ 2,4 mil. Para obter o dinheiro, os pecuaristas apresentaram um projeto técnico elaborado pela Emater-MG.

De acordo com o extensionista da empresa, os recursos do programa foram essenciais para a implantação das lavouras, para o aluguel de trator, compra de calcário para calagem do solo e superfosfato simples para adubação e aquisição das mudas. “E ainda sobra algum dinheiro para a manutenção familiar e a mão de obra necessária no plantio e tratos culturais”, lembra Sousa.

Pecuária municipal

O rebanho bovino de São João do Paraíso tem cerca de 10 mil cabeças. Desse total, 80% são da pecuária de corte. De acordo com a Emater-MG, 50 produtores trabalham com a pecuária leiteira. A produção chega a 60 mil litros por mês e é utilizada, principalmente, para a fabricação de requeijão.

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(Fonte: Agência Minas)

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