Operação Tarja Preta prende dois empresários em Governador Valadares

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Dois empresários, de 32 e 39 anos, foram presos na terça-feira (20/02/2018) durante uma operação da Polícia Civil que investiga a venda ilegal de medicamentos em farmácias de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A operação, batizada de Tarja Preta, apreendeu ainda diversos medicamentos de uso restrito, R$ 232 mil e um revólver calibre 38 com munições; duas farmácias foram interditadas.

A operação teve apoio da Vigilância Sanitária e constatou a venda de medicamentos sem a prescrição médica ou receituário. O delegado da PC, Mardio Costa, afirma que as investigações começaram no fim de 2017, depois que a polícia atendeu um caso de uma adolescente, de 17 anos, que apresentava agressividade com os pais devido ao uso de medicamentos controlados.

“Ao interrogá-la, descobrimos que a menina comprava medicamentos controlados sem prescrição médica nessas duas empresas, e que os produtos eram entregues na casa dela, o que viola totalmente as leis de comércio de medicamentos controlados. Além disso, a empresa do Bairro Ipê, do empresário de 32 anos, não tinha licença para comercializar esses tipos de remédios”.

Os dois empresários passaram a ser investigados e a PC descobriu que além de utilizar os estabelecimentos para a venda ilegal dos medicamentos, também usavam as próprias casas para guardar o material ilícito.

“Além dele não ser farmacêutico, ele mantinha esses medicamentos dentro de casa, o que é proibido de acordo com as normas da Vigilância Sanitária. Uma grande quantidade de dinheiro também foi encontrada, tanto na loja quanto na residência dele. Apreendemos também vários medicamentos restritos ao uso hospitalar, o que caracteriza o crime de tráfico de drogas, e uma arma escondida em um fundo falso de uma mesa para computador, que caracteriza o crime de posse ilegal de armas”, explica Mardio Costa.

Os dois autores foram presos em flagrante e devem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Eles foram encaminhados para o presídio e o material recolhido entregue na Delegacia de Governador Valadares.

Duas farmácias foram interditadas pela polícia (Foto: Polícia Civil/ Divulgação)

O que diz o CRF

Por meio de nota, o Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG) disse que repudia os atos realizados e reafirma que o profissional farmacêutico deve prezar pela saúde da população, seguindo os procedimentos legais para dispensação de medicamentos. O CRF afirma ainda que o caso será apurado pelo Conselho e os profissionais que estiveram envolvidos com os crimes citados pela Polícia Civil serão julgados em processo ético por irem contra aos preceitos da profissão.

Medicamentos apreendidos em lojas da rede de farmácia (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Polícia também apreendeu dinheiro (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

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(Fonte: G1 Vales)

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