O Rio Fanado, que tem cerca de 120 km de extensão e passa pelos municípios de Angelândia, Capelinha, Turmalina e Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, está secando e pode ser extinto em poucos anos. A denúncia foi feita por ambientalistas, prefeitos e vereadores da região aos deputados da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (17/10/17).
O presidente do Movimento SOS Fanado, Daniel Costa Souza, explicou que a situação é crítica e pede providências urgentes. Ele defendeu que o Estado realize ações para recuperação e proteção de nascentes, assim como de fiscalização das outorgas de água.
“O que se vê é irresponsabilidade na gestão. Pagamos taxa de esgoto, mas não temos contrapartidas. As cidades que vivem do rio clamam por ações concretas para a sua proteção”, disse.
O ambientalista também citou como causas para o quase desaparecimento do Rio Fanado a irrigação irregular de grandes lavouras de café e eucalipto, o desmatamento sem controle, as queimadas em grande escala e o despejo de esgoto sem tratamento.
Ele acrescentou que a erosão causada pela abertura de estradas, as lavras de minério e a ausência de cercamentos de nascentes para preservação das matas ciliares também são entraves para a recuperação do curso de água.
“Temos que conscientizar as comunidades, cobrar o tratamento do esgoto e a construção de barragens, além da inclusão do rio no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG)”, completou Daniel.
Rio Fanado corre risco de extinção (Foto: Reprodução/Rádio Turmalina)
Prefeitos apontam caminhos para recuperação
Os gestores das cidades impactadas pela destruição do Rio Fanado evitaram apontar culpados, mas fizeram cobranças e sugeriram ações de recuperação da bacia hidrográfica.
O prefeito de Turmalina, Carlos Barbosa Xavier, por exemplo, destacou que a crise hídrica é mais grave no Vale do Jequitinhonha. Para ele, apesar da responsabilidade ser de todos, existe omissão dos agricultores e do governo, que não faz a fiscalização necessária. “Vivemos uma situação de calamidade pública”, lamentou.
O prefeito de Angelândia, João Paulo Souza, e o vice-prefeito de Minas Novas, José Felipe Mota, afirmaram que é preciso buscar novas formas de captação de água, assim como de construção de barragens. Já o prefeito de Capelinha, Tadeu Filipe Fernandes de Abreu, cobrou ações efetivas do Estado, no sentido de recuperar nascentes e matas ciliares.
Gestores das cidades impactadas evitaram apontar culpados, mas fizeram cobranças e sugeriram ações de recuperação do curso de água (Foto: Clarissa Barçante/ALMG)
Copasa reconhece passivo, mas garante mais recursos
O diretor de Operações Norte da Copasa, Gilson de Carvalho Queiroz Filho, entende que o problema deve ser resolvido por diversos atores, entre eles a concessionária de água e esgoto.
Ele destacou que a mudança climática mundial levou a uma significativa queda nos volumes de chuva nos últimos três anos. “A água é usada para beber e também para a agricultura. Por isso, temos que encontrar um equilíbrio no uso. A monocultura de eucalipto, por exemplo, deve ser mais bem regulada pelo Estado”, salientou.
Gilson citou os programas estaduais Cultivando Água Boa, o Pro-Manaciais e o Plantando o Futuro como ações de recuperação de bacias hidrográficas e nascentes. Ele reconheceu que a Copasa e sua subsidiária Copanor têm um passivo no que se refere ao recolhimento de esgoto, mas, conforme disse, hoje existem mais recursos para o incremento de iniciativas e investimentos ambientais.
“Podemos e queremos trabalhar nas diversas regiões do Estado, inclusive na Bacia do Rio Fanado”, garantiu o representante da Copasa.
Deputados propõem grupo de estudos no Jequitinhonha
Após os debates, os parlamentares sugeriram ações e medidas de gestão das águas no Vale do Jequitinhonha e na Bacia do Rio Fanado. Os deputados Rogério Correia e Doutor Jean Freire (ambos do PT) propuseram formar um grupo técnico para avaliar o que é necessário para salvar o rio.
“Esse grupo traçaria um diagnóstico e, a partir disso, programas de execução e intervenção da crise hídrica. Seriam ações de curto, médio e longo prazo”, afirmou o deputado Rogério Correia.
O presidente da comissão e autor do requerimento que motivou o debate, deputado Doutor Jean Freire, lembrou a ameaça de extinção de outros rios do Vale do Jequitinhonha. Ele alertou que, somente agora que as cidades sofrem com a falta de água, os órgãos de governo estão sendo responsabilizados.
O parlamentar teve, ainda, diversos pedidos de providências referentes ao debate aprovados na comissão.
Fiscalização – Os deputados Tito Torres e Gustavo Valadares (ambos do PSDB) cobraram mais intervenções do Governo do Estado na gestão dos rios mineiros, tendo em vista a escassez de água. Para ambos, é preciso verificar como estão sendo usados os recursos hídricos pelo agronegócio e pelas indústrias.
O deputado Gustavo Santana (PR) defendeu a elaboração de uma política pública baseada na preservação das nascentes, com a fiscalização do uso da água tanto pelas comunidades ribeirinhas como por agricultores e indústrias.
Ao final, a deputada Marília Campos (PT) e o deputado Geraldo Pimenta (PCdoB) manifestaram seu apoio à defesa do Rio Fanado e a uma melhor gestão das bacias hidrográficas mineiras.
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(Fonte: ALMG)
CHEGA DE REUNIÕES PARA RETIRAR DINHEIRO DO GOVERNO PARA RESOLVER UMA SITUAÇÃO QUE NÃO TEM SAÍDA E NEM ALGUÉM QUE POR MELHOR INTENÇÃO QUE TENHA, RESOLVER ESSE PROBLEMA GRAVE. SE TEM SER HUMANO COM SOLUÇÃO , TERÁ MUITOS QUE NÃO DEIXARAM ACONTECER , ALÉM DE ROUBAR AS VERBAS. TEMOS QUE SER REALISTAS, E O FIM DESSE RIO E DOS DEMAIS QUE VIRÃO. PESSIMISMO! NÃO, É UM FATO. O GOVERNO E OS ESTUDIOSOS QUE TRABALHAM PARA ELE NA ÁREA DE MEIO AMBIENTE SÃO VERDADEIROS CEGOS. E SÓ ASSISTIR TV SENADO E VER A CARA DO PESSOAL QUE TRABALHA LÁ E DIZER SE INSPIRAM SABEDORIA E SERIEDADE. SE FALEI MENTIRA ME PERDOEM. A AMAZÔNIA ESTA SENDO DEVASTADA E PARA QUE SERVE AS FORÇAS ARMADAS ,OS CAÇAS, A MARINHA? ENTRA ANO E SAI ANO E APARECE CAMPOS DEVASTADOS DO TAMANHO DO DESCASO DELES. SÓ DEPOIS QUE DA PRA VER LA DE JÚPITER QUE ELES DESCOBREM KKKKKKK. MAS ESTA DE BOM TAMANHO O POVINHO MERECE. ENQUANTO SÃO JORGE TIVER CAVALO JAMAIS ANDARÁ A PÉ.
TEM MUITO URUBU SE PASSANDO DE BEIJA-FLOR…
NÃO RESOLVE N.A.D.A!
INÚTEIS.
SÓ COMEÇAM A ESFREGAR A BUNDA NAS CADEIRAS, QUANDO CHEGAM ÉPOCAS ELEIÇÃO.
POVO MERDA!